A Justiça de Canguçu, no sul do Estado, condenou o motorista do ônibus da delegação do Brasil de Pelotas que tombou em janeiro de 2009 na RSC-471 a três anos de prisão por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. No acidente, o zagueiro Régis, o treinador de goleiros Giovani Guimarães e o ídolo Claudio Milar morreram. Outras nove pessoas ficaram feridas.
A sentença proferida pelo juiz Regis da Silva Conrado cabe recurso, mas a pena deve ser substituída por prestação de serviços à comunidade.
Segundo o despacho do magistrado, os laudos do Instituto-Geral de Perícias apontaram que o veículo estava a 99 km/h antes de iniciar o processo de frenagem do ônibus para fazer a curva sobre o viaduto da BR-392. Ele cita também que as condições climáticas eram boas e a viagem, por ocorrer à noite, preza por atenção redobrada do motorista.
A defesa de Wendel Oliveira Vergara, por sua vez, sustentou que na noite do acidente havia neblina e que a estrada estava mal sinalizada, não indicando a curva acentuada. Também afirmou que, na época do acidente, ele possuía habilitação para dirigir veículo de transporte há aproximadamente um ano e que não havia feito antes aquele trajeto, bem como alertou os passageiros do uso de cinto de segurança.
Além de reverter a pena de três anos por serviços comunitários, Vergara terá de pagar dois salários mínimos às famílias de cada uma das vítimas fatais. O motorista teve a habilitação suspensa por quatro meses.
Sentença tardia
Seis anos depois, motorista é condenado por acidente com ônibus do Brasil-Pel
Acidente ocorreu na RSC-471 em janeiro de 2009 e matou três jogadores da equipe
GZH faz parte do The Trust Project