Inquieto, um jovem de 23 anos adentra o Estádio do Vale com o celular repleto de mensagens no WhatsApp. Embora esta seja a perfeita descrição de um jogador de futebol, trata-se de um dirigente.
Bolívar revela indicação de Magrão para acerto com Novo Hamburgo
Após contratar jogadores como Bolívar, Magrão, Leandrão, Luís Mário e Thiago Humberto para a disputa do Gauchão, o vice-presidente de futebol do Novo Hamburgo deseja colocar seu clube entre os principais do Estado.
Novo Hamburgo aposta em ataque com grife Gre-Nal para o Gauchão
Em entrevista a ZH, Matheus Costa conta de seus planos para a equipe que estreia domingo no campeonato, já em um clássico contra o Aimoré.
Pelo que o Novo Hamburgo brigará no Gauchão?
O clube busca vaga na Série D há alguns anos, mas vem batendo na trave. Nosso principal objetivo é esse, até para completar o calendário do segundo semestre com uma competição nacional. A gente já disputa a Copinha há algum tempo, mas não nos rende nada em termos de patrocínio. Queremos brigar pelo título, é claro, mas sabemos que a força da dupla Gre-Nal é grande.
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Vaga na Série D seria um título para vocês?
Sem dúvida. Fizemos um planejamento para chegar a este objetivo. E melhoramos nossa estrutura para isso, também. Após a chegada do Roger, um cara que estudou muito e viajou para a Europa, definimos o que a gente precisava um bom trabalho. Com as contrações que fizemos, a responsabilidade, depois de Inter e Grêmio, passou toda para nós. Nem sempre isso é bom.
Estes reforços marcam a volta dos Galácticos do Vale?
Nome não ganha jogo, né. Dentro de campo é 11 contra 11, o que vale é o trabalho da semana. Tem muita gente falando dos Galácticos, Barcenóia. Mas acho que não é isso. Queremos o título do Interior e do Gauchão. Mas temos de mostrar em campo, independente se é o Magrão ou o Warley, volante da base. Não é os Galácticos, mas é um time que mescla experiência e juventude.
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Onde vocês buscaram recursos para tantos reforços?
O clube hoje depende só de patrocínio. Também recebemos verba da federação, mas reduz a cada ano. Tivemos muito esforço para montar este time, vários empresários de Novo Hamburgo estão nos ajudando. Compraram nosso projeto, mesmo. Estamos fazendo um trabalho sério, queremos nos tornar uma força do futebol gaúcho. Temos conhecimento e estrutura para isso.
Como você convenceu Magrão e Bolívar, por exemplo?
Tenho boa relação com vários empresários, isso ajuda muito. Eles jogavam em times de Série A e B, tinham portas abertas para ganhar cinco vezes mais do que aqui. Mas vieram pelo projeto e pela visibilidade. Também pelo Roger, um grande treinador. Toda essa questão de estrutura e de pessoas ajudaram na vinda deles. E conseguimos manter uma folha no padrão do Gauchão.
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De quanto é a folha salarial do Novo Hamburgo?
É de R$ 180 mil. Contamos com a ajuda de empresários, que colocam jogadores aqui. Pelas contratações, o Novo Hamburgo virou uma vitrine. Então, a chance de sair daqui valorizado é grande. Além disso, pessoas da comunidade estão nos ajudando. Mas o que faz a diferença é a vontade dos atletas em estarem aqui. Os reforços não vieram pelo salário, mas sim pelo nosso projeto.
Entrevista
"Novo Hamburgo virou uma vitrine", diz vice de futebol Matheus Costa
Dirigente coloca conquista de vaga na Série D como objetivo no Gauchão
Adriano de Carvalho
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