No retorno à elite do Gauchão, o Avenida contará este ano com a técnica de Tardelli. Mas calma lá, não se trata de Diego, o atacante que fez nome no Atlético-MG e na Seleção. E sim de seu irmão Juninho, meia de 31 anos, que tomou gosto por defender clubes do interior gaúcho.
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Em Santa Cruz, ele atuará em sua sexta equipe no Estado. Desde 2007, teve passagens por Caxias, Porto Alegre, Cruzeiro, Lajeadense e Ypiranga. Neste último, aliás, foi decisivo: marcou um dos dois gols na final do primeiro turno da Divisão de Acesso ano passado, garantindo o retorno da equipe de Erechim à elite.
- Me adaptei muito bem ao futebol gaúcho - sorri.
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Sob influência do pai José Tadeu Martins - meia que construiu carreira em clubes como Cruzeiro-MG, Paraná e Londrina - Juninho Tardelli iniciou a carreira no América-MG. Também jogou em Paraná e no extinto Malutrom, mas virou profissional no Atlético-PR. Enquanto isso, Diego dava os primeiros passos no União Barbarense. E ganhou projeção no São Paulo, onde chegou em 2002.
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O curioso é que Juninho herdou o nome do irmão famoso. Afinal, ambos são da família Martins. Mas somente Diego assina Tardelli na carteira de identidade. Uma homenagem do pai ao italiano Marco Tardelli, meia decisivo na conquista da Azurra na Copa 1982.
- Quando o Diego começou a jogar no São Paulo, logo virei Tardelli também - relembra.
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Os irmãos se encontraram no Atlético-MG em 2009. Mas não tiveram a chance de atuar lado a lado. Juninho Tardelli jogou pelo time B, e o mano foi o artilheiro do Brasileirão, ao lado de Adriano, com 19 gols. Agora, Diego vive a expectativa de jogar no Shandong Luneng, da China. Mas por pouco o Tardelli famoso não parou em Porto Alegre na última temporada.
- No ano passado, o Grêmio queria contratá-lo. Naquela época antes da Copa, fizeram proposta. Mas o Atlético pediu alto, seria difícil o Diego sair para outro time do Brasil - revela Juninho.
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Seu momento mais complicado ocorreu no Oriente Médio. No Irã, Juninho jogou seis meses no Mes Kerman em 2013. Sofreu com a adaptação ao país e a incerteza do salário ao fim do mês.
- Em muitos clubes de lá, você ganha apenas 60% do que tem direito. Acabei abrindo mão do restante para rescindir e voltar para cá - conta.
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De volta ao futebol gaúcho, ajudou o Ypiranga a obter o acesso no ano passado. Agora, seu desafio é manter o Avenida na elite do Gauchão. A equipe treinada por Tonho Gil faz pré-temporada desde 10 de dezembro.
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Neste sábado, encara o Brasil-Pel em amistoso no Bento Freitas. A estreia no Gauchão ocorre contra o São José, no Passo D'Areia, em primeiro de fevereiro.
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Adriano de Carvalho
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