Dois trabalhos que começam se enfrentarão a partir das 9h deste sábado (11), no Estádio Ninho do Pássaro, em Pequim. De um lado a nova Seleção Brasileira, comandada por Dunga, cuja missão é juntar pedaços deixados após a Copa do Mundo e fazer uma equipe campeã. No outro lado, está o argentino Gerardo "Tata" Martino que pegou uma herança bem mais generosa do mundial: uma equipe vice-campeã com um conjunto respeitável e que não sofreu perdas.
Os primeiros resultados de ambos os treinadores foram positivos. Dunga ganhou dos rivais sul-americanos Colômbia e Equador, enquanto Martino se deu ao luxo de derrotar fora de casa a Alemanha, campeã do mundo.
O jogo em Pequim terá casa cheia, mas poucos verdadeiros torcedores. Nada de fanatismo ou rivalidade acirrada entre os dois maiores opostos do futebol americano. Serão 55 mil pessoas que festejarão o futebol, os ídolos que conhecem dos campeonatos europeus e as camisas tradicionais das duas seleções. De um lado Messi, Di Maria e Aguero; do outro Neymar, Oscar e David Luiz entre os que começam o jogo.
Os argentinos ainda têm em Mascherano ou Higuain - que nem deve começar o jogo - nomes gritados intensamente pelos fãs. No Brasil é de Kaká, outro ausente do início da partida, a maior popularidade entre todos, com Robinho como forte coadjuvante.
Após 90 minutos se conhecerá um campeão. Se houver empate, a terceira edição do Superclássico das Américas será decidida em cobranças da marca do pênalti, como aconteceu na última disputa, em 2012 com vitória brasileira. O Brasil, aliás, busca o tricampeonato.
Com exceção do atacante Diego Tardelli, ninguém da Seleção Brasileira admite que a teoria dá vantagem para os argentinos. O discurso é que em clássico - David Luiz prefere chamar de "derby" - tudo fica nivelado. O time de Dunga usa uma formação praticamente igual à do jogo contra o Equador. David volta à zaga, ele que não estava no jogo de New Jersey, e Elias assume a vaga do cortado Ramires. O sistema é conhecido de longa data. O técnico mantém a ideia de compactação, marcação forte na saída e contra-ataques. Garante Dunga que contra a "Argentina" não se pode errar ou desperdiçar a chance de definir. Ele lamenta não poder fazer mais de três substituições, uma vez que é jogo oficial. "Até em função do desgaste pela poluição seria interessante não prejudicar os jogadores", lembra.
As experiências ficarão para o jogo de terça-feira (14), contra o Japão, em Cingapura. Contra a Argentina sempre é decisão.
Tata Martino se mostra tranquilo. Deve usar Pastore e deixar Higuain no banco e diz que Neymar - seu ex-jogador no Barcelona - é imprevisível e muito qualificado, o que impede uma marcação individual. Ele, contudo, lembra que tem um contraponto tão ou mais forte no seu time: Messi.
O Superclássico começa às 20h05 em Pequim, 9h05 pelo horário de Brasília.
Prováveis escalações:
Brasil: Jéfferson; Danilo, Miranda, David Luiz e Felipe Luiz; Luiz Gustavo, Elias, Oscar e Willian; Neymar e Diego Tardelli. Técnico: Dunga
Argentina: Romero; Zabaleta, Fernandez, Demichelis e Rojo; Mascherano, Pereyra, Pastore e Di Maria; Aguero e Messi. Técnico: Gerardo "Tata" Martino
Transmissão:
A Rádio Gaúcha transmite a partida às 9h05. A jornada esportiva começa às 8h10.
Confira o vídeo de Zé Alberto Andrade direto do Ninho do Pássaro: