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Foi oficializada nesta terça-feira (22), a contratação de Dunga como novo técnico da Seleção Brasileira. Os rumores, que começaram depois do anúncio de Gilmar Rinaldi como novo coordenador-geral de Seleções da CBF, na quinta-feira, ganharam força nos últimos dias. No domingo, o comentarista da Rádio Gaúcha e colunista do Diário Gaúcho, Adroaldo Guerra Filho, confirmou a indicação.
"Neste retorno ao comando do time brasileiro, Dunga vai precisar trabalhar bem mais do que fez da última vez. Vai ter que fazer do limão uma limonada, achar material humano mais qualificado do que vimos na Copa, fazer o time brasileiro recuperar o respeito que não tem mais dos seus adversários", disse Guerrinha.
No sábado, o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Francisco Novelletto, também já dava como certa a contratação.
"Dunga estava prestes a assumir a Seleção Venezuelana por 5 anos e iria viajar para o país nesta semana com o mandatário. Mas a proposta de retornar à Seleção Brasileira fez o técnico desistir e acertar seu retorno ao comando do time brasileiro", disse Novelletto.
A boa relação de Dunga com Gilmar Rinaldi foi o principal fator para que o gaúcho de Ijuí superasse nomes como Muricy Ramalho e Tite e voltasse à casamata brasileira. Eles foram companheiros nas seleções olímpica e principal e mantém boa relação pessoal. Em 1984, os dois conquistaram a medalha de prata, nas Olimpíadas de Los Angeles. Dez anos depois, foram tetracampeões mundiais com a amarelinha.
Veja a trajetória de Dunga na Seleção
Dunga assumiu a Seleção em julho de 2006, substituindo Carlos Alberto Parreira. Foi a primeira experiência do profissional como técnico. Em 2007, após algumas críticas, a vitória por 3 a 0 sobre a favorita Argentina na final Copa América devolveu a confiança ao treinador. Dois anos depois, foi campeão da Copa das Confederações vencendo os Estados Unidos por 3 a 2. Nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, ficou com o terceiro lugar.
Na Copa da África do Sul, em 2010, o Brasil se classificou em primeiro do Grupo G, vencendo Coreia do Norte, Costa do Marfim e empatado com Portugal. Nas oitavas-de-final, o resultado também foi positivo, goleada por 3 a 0 no Chile. Nas quartas-de-final, a derrota por 2 a 1 para a Holanda eliminou precocemente a Seleção Brasileira do Mundial. Dois dias depois, Dunga foi destituído do cargo.
Em dezembro de 2012, foi confirmado como novo técnico do Internacional. Em outubro do ano seguinte deixou o comando com a conquista do Gauchão no currículo.
Como jogador, Dunga começou e encerrou sua carreira no Internacional, mas jogou também em outros grandes clubes do Brasil, como Corinthians, Vasco e Santos. No exterior, fez sucesso vestindo a camisa do Stuttgart, da Alemanha, e também defendeu as cores do Pescara, Pisa, Fiorentina, todos da Itália, e Jubilo Iwata, do Japão.
Pela Seleção Brasileira, o volante foi campeão do Sul-Americano e do Mundial sub-20 em 1983. No ano seguinte, ganhou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles. No time principal, estreou em 1986 e, em 1989, estava no grupo que venceu a Copa América. Em 1994, na Copa dos Estados Unidos, o jogador foi um dois principais responsáveis pelo bom desempenho da equipe e teve a honra de levantar a taça após a vitória nos pênaltis contra a Itália. O Brasil de Dunga era tetracampeão mundial. Em 1998, na Copa da França, o jogador conquistou o vice-campeonato, perdendo a final para os anfitriões.
Integrantes do Sala de Redação opinam sobre a indicação do técnico. Veja: