A expectativa terminou. Dunga chegou sorridente, de terno, gravata vermelha e camisa branca. Acompanhado de José Maria Marín, presidente da CBF, Gilmar Rinaldi, coordenador de Seleções, e de Alexandre Gallo, coordenador das Categorias de Base, o novo técnico da Seleção Brasileira foi apresentado na sede da CBF, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Em suas primeiras palavras, o capitão do Tetra mostrou-se confiante.
"É uma felicidade imensa. Queria agredecer o convite e a confiança do presidente pela minha retomada à Seleção Brasileira. Vamos trabalhar em conjunto com a categoria de base, com o Gallo e com o Gilmar. É um início de trabalho, apesar da CBF estar neste planejamento há dois anos. A partir da Copa do Mundo, não podemos botar como terra arrasada, mas temos que modificar algumas coisas. O talento é importante, mas o planejamento também. O marketing é importante, mas o trabalho dentro de campo também", disse.
Durante seu primeiro trabalho com a CBF, que se iniciou no dia 24 de junho de 2006 e se encerrou dois dias após a elminação na Copa do Mundo de 2010 nas quartas de final para a Holanda, Dunga foi bastante criticado por seu temperamento agressivo.
"Vocês já me conhecem, sabem que não sou quieto. Me baseio em transparência, comprometimento e trabalho, mas também sou ser humano. Sei que tenho que melhorar no contato com pessoas, com jornalistas. Talvez na primeira passagem, foquei muito mais no trabalho dentro de campo, os resultados estão aí, os números de 76% de aproveitamento mostram isso, não preciso falar muito. Tenho que aprimorar meu relacionamento com a imprensa, minha culpa e trabalhei para isso. Estamos aqui agora para reiniciar esse trabalho, prontos para receber crítica, para receber sugestões em prol da Seleção Brasileira. Tudo que for bom para a seleção, vamos estar abertos a conversar para buscar os resultados", assumiu o novo comandante.
Sobre a Copa do Mundo de 2014, Dunga foi questinado a respeito da honra da seleção canarinho.
"O torcedor está machucado, mas continua com carinho, continua torcendo para a Seleção Brasileira. Vamos resgatar isso através do resultado. Já temos um esboço de time, mas me conhecem, não vou vender um sonho, é uma realidade. Temos que reconquistar o direito de estar entre os melhores do mundo, mas não podemos vender uma ilusão ao torcedor. Vai ser um trabalho duro todos os dias", concluiu.
O principal objetivo de Dunga no comando da Seleção é preparação para a Copa de 2018. Segundo ele, muito trabalho será feito para alcançar os objetivos.
"A tendência é preparar a seleção para a Copa de 2018. Teremos no caminho a Copa América, com seleções que cresceram muito, nessa mescla de jogadores novos e outros de maior experiência. Nossa maior ideia é preparar uma equipe para as Olimpíadas e nos prepararmos para as eliminatórias, que serão difíceis e teremos que estar prontos. Não vou vender um sonho, é a realidade. E a realidade é que é preciso muito trabalho.“
Dunga tem capacidade, diz Marin
O presidente da CBF José Maria Marin afirmou que Dunga possui todos os requisitos para estar novamente no comando da Seleção. Para ele, o novo treinador tem total confiança e capacidade para exercer o trabalho.
"Ficou demonstrada através de números, não apenas por palavras, que possui todos os requisitos e capacidade para dirigir novamente a seleção brasileira. Foi uma escolha feita através da participação de todos que estão nesta mesa, numa demonstração de unidade e total integração, visando grandes conquistas no futuro. Um homem experimentado, tanto como atleta no campo, como fora dele. E todos nós nesta mesa depositamos total confiança na sua competência e capacidade de trabalho" afirmou.
Para o coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, a reformulação é importante desde o momento da convocação.
"A ideia é justamente essa, voltar algumas coisas importantes em uma reformulação. Conversávamos que é muito importante que o jogador sinta frio na barriga na época de convocação, que mereça ser convocado, buscando o limite para merecer a convocação."
A primeira convocação de Dunga em seu retorno à Seleção vai acontecer no fim de agosto ou no início de setembro. O treinador irá chamar os atletas para os duelos contra Colômbia e Equador, ambos nos Estados Unidos.
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