O pior jogo da Copa. Assim pode ser definido o melancólico empate por 0 a 0, entre Irã e Nigéria, nesta segunda (16), em Curitiba (PR). Foi o primeiro jogo da Arena da Baixada no Mundial 2014. O público paranaense reagiu com vaias ao final do jogo, devido ao péssimo futebol apresentado pelas duas equipes. Mas as reações foram diferentes. Os nigerianos lamentaram o resultado, enquanto iranianos valorizaram o ponto conquistado.
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Durante toda a partida, a Nigéria tomou a iniciativa e tentou criar oportunidades de gol. No entanto, esbarrarou sempre na retranca iraniana. O trio de atacantes Moses, Musa e Emenike ou eram desarmados pelo povoado meio-campo do Irã, ou assistiam aos cruzamentos dos laterais esbarrarem nos altos zagueiros persas. "O nosso time ficou ansioso. Apostou em tentar construir o placar em 20 ou 25 minutos. Não conseguiu, e aí a ansiedade acabou atrapalhando", disse o técnico da Nigéria, Stephen Keshi.
O discurso no lado do Irã foi totalmente oposto. O técnico português Carlos Queiroz comemorou o ponto conquistado. "A equipe do Irã é simples e atravessou dificuldades que todos conhecem, de caráter econômico e político, que põem o time em completa desvantagem em comparação com as demais seleções aqui presentes. Somos o time que enfrentou mais dificuldades. Não estamos aqui por sorteio", disse o treinador, se referindo às dificuldades que a seleção iraniana sofre para marcar amistosos, devido às sanções que o país sofre por conta do projeto de enriquecimento de urânio. Ele também lembrou que o time tem vários atletas amadores: "Quando tivermos vários jogadores no Arsenal e no Chelsea, quem sabe possamos fazer diferente", completou Queiroz.
O próximo compromisso do Irã é contra a Argentina. Já a Nigéria enfrenta a Bósnia-Herzegovina.