Com 55 anos de carreira, o jornalista Lauro Quadros começou sua trajetória profissional como repórter esportivo. No Dia do Jornalista, Lauro conversou com Marco Antônio Pereira e Luiz Augusto Alano no programa Dose Dupla.
Lauro Quadros relembrou fatos marcantes e comparou o trabalho da imprensa na época em que ele começou e como é na atualidade.
"Sou do tempo do rádio romântico. Sou do tempo em que o cara fazia uma transmissão e só ficava sabendo no dia seguinte, por telegrama, se ela havia chegado", lembrou traçando um comparativo sobre as condições técnicas.
Sobre as diferenças tecnológicas, Lauro citou uma situação no torneio do bicentenário da independência dos Estados Unidos, em 1976, com Armindo Antônio Ranzolin e João Carlos Belmonte.
"O Belmonte estava comigo e com o Ranzolin no Memorial Coliseum, em Los Angeles. Havia um orelhão na frente do estádio e o Belmonte passou um boletim dali e disse 'um dia teremos isso no Brasil'", recordou.
Quanto à diferença na relação com clubes e jogadores, Lauro Quadros contou como eram as entrevistas com jogadores após as partidas de futebol.
"Não havia entrevista coletiva. Nós entrávamos no vestiário e entrevistávamos jogadores na banheira. Os 'pintos' boiando ali e eu entrevistando os jogadores", lembrou.
Com mais de cinco décadas dedicadas a comunicação, Lauro Quadros vê como positivas as mudanças no jornalismo.
"Há gente saudosista, nostálgica, que diz 'no meu tempo é que era bom'. Eu não sou assim. As coisas são apenas diferentes", disse citando os recursos técnicos disponíveis hoje.
Ouça mais histórias na entrevista completa com Lauro Quadros