
Já de olho na Olimpíada de 2020, em Tóquio, o Grêmio Náutico União lançou nesta quinta o projeto de seu centro olímpico, desenhado para ser referência no Brasil em quatro esportes: esgrima, ginástica rítmica, ginástica artística e judô.
O complexo ocupará uma área de 10 mil metros quadrados na sede Moinhos de Vento, com frente para a Rua 24 de Outubro, e inclui uma academia de 700 metros quadrados para atletas e sócios. O custo estimado é de R$ 25 milhões, bancados com recursos do clube, e a previsão é de que a obra seja concluída em dois anos - isso a contar a partir da aprovação do projeto por uma série de órgãos.
- Tem Smurb (Secretaria Municipal do Urbanismo), Smam (secretaria do Meio Ambiente), Smov (secretaria de Obras e Viação), até a EPTC, pois envolve o aumento do fluxo na 24 de Outubro. Precisamos negociar com cada uma delas. Minha esperança, se tudo der certo, é obter as licenças até o final do ano - disse o presidente do GNU, Francisco Miguel Schmidt.
O projeto do Centro Olímpico dá seguimento ao da construção do Parque Aquático Newton Silveira Netto, na mesma sede, agora com piscinas de 25m e 50m no padrão da Federação Internacional de Natação (Fina). Em dezembro, o clube recebeu uma das três principais competições do Brasil, o Troféu Open. Antes, em outubro, representantes da seleção francesa visitaram o complexo, que pode servir como base de preparação para os Jogos do Rio, em 2016.
A ideia, no centro, é formar um núcleo de suporte ao atleta olímpico, integrando áreas de medicina, fisioterapia, fisiologia, biomecânica, bioquímica, nutrição, psicologia e estatística. Forte na natação (com nomes como Samuel De Bona e Graciele Herrmann) e no remo, o União quer aprimorar o trabalho em outras quatro modalidades olímpicas.
Em três delas, o clube já vem colhendo bons resultados - vide o desempenho de atletas como Adrian Gomes, Juliana Santos (ambas da ginástica artística), Eliane Sampaio, Gabriela Ribeiro, Stephany Gonçalves, Andressa Jardim (todas da ginástica rítmica), Guilherme Toldo e Gabriela Cecchini (esgrima). No judô, o sonho é quebrar a hegemonia da Sogipa, campeã estadual nos últimos 25 anos e casa dos medalhistas olímpicos Mayra Aguiar e Felipe Kitadai.
- A competição é importante - comentou Schmidt.
- Estamos crescendo no judô, e o sucesso da Sogipa provoca em nossos atletas o desejo de se superar.
O projeto do centro Olímpico, assinado pela Santini e Rocha Arquitetos (mesmo escritório do estádio olímpico da PUCRS), prevê estratégias de sustentabilidade e almeja a certificação Leed para edifícios verdes. Também pode ser ampliado: se houver investidores - dobrando o valor para R$ 50 milhões -, acima do Centro Olímpico será erguida uma torre comercial com até 10 pavimentos.