O jogo foi de alto nível, embora sem nada de revolucionário, como nas finais em que o Barcelona esteve presente.
Mas foi um partidaço, com disciplina tática de todos para marcar, quase nenhuma violência, bom índice de acerto de passes apesar do pouco espaço e muitas chances de gol por parte de Borussia Dortmund e Bayern de Munique, quase todas defendidas por goleiros espetaculares, Weindenfeller e Neuer.
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No primeiro tempo, o Dortmund poderia ter terminado em vantagem não fosse o goleiro Neuer, que logo no começo da decisão fez três defesas. Uma delas, no chão, com os pés, foi preciosa. Aos poucos, o Bayern, que tem mais qualidade técnica, foi se assentando no jogo e construiu oportunidades. Duas de cabeça e uma imperdível que Robben, claro perdeu.
Claro? Não mais.
Enfim, Robben decidiu. Depois de ter chance para decidir na Copa da África, pela Holanda, contra a Espanha, e no ano passado em várias finais pelo Bayern (errou até pênalti na decisão da última Liga dos Campeões), finalmente o holandês marcou o gol do título, da Liga dos Campeões.
A redenção de Robben só seria mesmo possível em um clube alemão. Fosse na cultura brasileira, depois de falhar tantas vezes na hora derradeira, surgiriam as críticas de que não tem estrela, é azarado ou apenas amarela no instante final.
No Bayern, ele recebeu apoio do técnico, da torcida, da direção e dos companheiros. Seguiu com a camisa 10. Ele próprio não desistiu, mesmo quando errou no primeiro tempo.
O mérito de não sumir do jogo diante da falha é importante também. Robben foi corajoso, pois nunca se eximiu da responsabilidade de aparecer para o lance decisivo enquanto perdurou o estigma.
O Bayern campeão europeu nos dá esta lição de não desistir nunca e seguir em frente em suas convicções, rejeitando rótulos preconceituosos.
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