A crise ética que abalou o ciclismo mundial após o caso Lance Armstrong teve seus reflexos também no Brasil. O técnico da seleção de ciclismo de estrada, Antonio Carlos Silvestre, foi desligado de suas funções após acusar atletas da equipe de competirem dopados quando representam seus clubes.
A denúncia foi feita durante a edição do último domingo do programa Fantástico, da Rede Globo. Na ocasião, Silvestre questionou a queda de rendimento que os atletas sofrem quando vão para a seleção, afirmando que isso aconteceria porque nos clubes eles competem dopados.
- Eu estou falando como técnico da seleção brasileira, de atletas que vivem um período fantástico nos clubes e, quando vêm para a seleção para a correr fora, o rendimento cai. Mas cai por quê? Por que deixou de treinar? Não, muito pelo contrário. Quando vêm para a seleção, ficam 15, 20 dias treinando. Treinam mais e quando chegam nos eventos internacionais e não... e baixam. Certo? Então, você diz o quê? Por quê? É doping! - acusou o ex-treinador no programa televisivo.
Em comunicado oficial emitido nesta quarta-feira, a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) confirmou o afastamento do técnico.
Confira a íntegra do comunicado:
"A Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) vem, por meio desta nota, informar que, em respeito aos atletas brasileiros e por acreditar e confiar em um esporte limpo ficou decidido o desligamento do Sr. Antonio Carlos Silvestre do cargo de Técnico da Seleção Brasileira de Ciclismo de Estrada.
O afastamento imediato aconteceu logo após as suas declarações infundadas expostas durante o programa 'Fantástico', da Rede Globo, exibido neste domingo."
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