O futebol precisa dos anti-heróis para tornar-se menos "politicamente correto" e insosso. Personagem de inúmeras polêmicas e celeumas extra-campo, o controvertido Balotelli levou a Itália à final da Eurocopa contra a Espanha, eliminou a poderosa Alemanha marcando duas vezes na vitória por 2 a 1, em Varsóvia, e colocou a Azzurra na Copa das Confederações de 2014, no Brasil.
A Itália, que segue sem perder para a Alemanha em jogos decisivos, enfrenta a Espanha, no próximo domingo, às 15h45min (horário de Brasília), em Kiev, na Ucrânia.
A Alemanha teve velocidade, volume de jogo e chances para marcar o primeiro gol. Os primeiros minutos indicavam que seriam uma pressão descomunal. Pirlo salvou em cima da linha. A defesa da Itália levou sorte no lance seguinte porque a bola bateu em Barzagli, saindo pela linha de fundo. E o mastodôntico Buffon espalmou disparo complicado de Kroos.
Mas a Azzurra tem um meio de campo paciente e sapiente. Começou testando Neuer com chutes de fora da área, sem conseguir penetrar na área rival.
Depois, duas enfiadas preciosas e conclusões cirúrgicas. Cassano apareceu do lado esquerdo e centrou para Balotelli, que, de cabeça, jogou no contrapé do goleiro alemão.
Novo lançamento para o "bad-boy" (Montolivo foi o autor), que fulminou Neuer. Ou seja, em dois lances. Dois gols.
O time alemão não teve escolha. Seguir pressionando e tentar, ao máximo, ficar com a bola. Reus tentou colocar fogo no jogo. Klose substituiu um apagadíssimo Mario Gomez. O gol saiu apenas com Özil nos descontos, numa cobrança de pênalti.
A Itália soube se defender muito bem. Além do ótimo Buffon, um dos pontos fortes do time de Prandelli é o desarme e o bloqueio das jogadas do adversário. A Espanha, próximo rival, já havia sofrido com o poder de marcação da Azzurra durante a fase de grupos.
Só deu ele
Balotelli brilha, Itália elimina a Alemanha e está na final da Eurocopa
Jogador marcou duas vezes na vitória por 2 a 1, na Polônia
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