Quase 2 mil torcedores do Rosario Central saíram da Argentina dispostos a estragar a noite do Palmeiras. Eles certamente sabiam que seria difícil fazer mais barulho que os mandantes no caldeirão verde, mas não imaginavam que os donos da festa seriam outros dois compatriotas: Cristaldo e Allione, autores dos gols da sofrida vitória paulista por 2 a 0, nesta quinta-feira, no Allianz Parque.
Cristaldo foi o nome do bom primeiro tempo palmeirense. O maior herói do agônico segundo tempo, totalmente dominado pelo Rosario, chama-se Fernando Prass, que defendeu pênalti cobrado por Marco Ruben, além de ter feito grande intervenção em tiro de Cervi, aumentando sua coleção de milagres e permitindo que o gol de Allione, no único contra-ataque bem encaixado do time, decretasse uma importante vitória.
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O triunfo pôs os brasileiros na ponta do grupo, com 4 pontos. Um presente para o ameaçado Marcelo Oliveira, que completou 61 anos. Presente que o técnico ajudou a construir ao apostar em Cristaldo na vaga de Alecsandro. O camisa 9 infernizou os zagueiros adversários o tempo todo – e ainda tem estrela, como ficou comprovado aos 24min de jogo: ele dividiu com dois defensores e contou com a ajuda do gramado encharcado para escapar do goleiro Sosa, estufar a rede e isolar-se como maior artilheiro da arena, com 10 gols.
O Palmeiras poderia ter ido para o intervalo com placar maior, já que pouco levou sustos na etapa inicial e teve grandes chances ainda antes do gol, com Dudu e Robinho. Já o segundo tempo evidenciou velhas deficiências e trouxe momentos de desespero. Coudet voltou do vestiário com um atacante (Herrera) no lugar de um zagueiro (Burgos) e o time paulista não conseguiu mais jogar. Foi amassado em seu campo, o que culminou no pênalti de Robinho em Cervi, aos 14.
A defesa de Prass não mudou o panorama, e as chances se acumularam, ainda mais depois que o meia Lo Celso, poupado, saiu do banco na vaga de Da Campo. Acuado, Marcelo lançou Arouca, Rafael Marques e Allione nos lugares de Thiago Santos, Cristaldo e Robinho, sem mudar a estrutura do time. Nem a postura. O sufoco só acabou aos 48min, pouco antes do apito, com o segundo gol, anotado por Allione em um contra-ataque fatal. Na próxima rodada, o Palmeiras enfrenta o Nacional em casa, e o Rosario recebe o River-Plate-URU na Argentina.
*LANCEPRESS