O julgamento da Conmebol sobre o caso do garoto boliviano Kevin Douglas Beltrán Espada, morto no duelo entre San José e Corinthians, no último dia 20, foi adiado desta quarta-feira para quinta, às 15h.
A decisão será tomada pelo Comitê Disciplinar da entidade, criado no fim do ano passado. O presidente Caio Cesar Vieira Rocha, por ser brasileiro, não participa da votação. Quem vai presidir o julgamento será o uruguaio Adrián Leiza. O colombiano Orlando Morales e o chileno Carlos Tapia completam o Comitê. Os últimos dois participaram do julgamento que definiu a punição ao Vélez Sarsfield (ARG) e ao Peñarol, após briga entre as torcidas das duas equipes em duelo pela Libertadores, em Montevidéu.
No dia 21, a Conmebol anunciou uma medida cautelar que proíbe aos torcedores do Corinthians comparecer no Pacaembu e em jogos fora de casa, em todos as partidas da Libertadores.
Na última quarta-feira, diante do Millonarios-COL, o time paulista já não pôde contar com sua torcida. Quatro corintianos, no entanto, entraram no estádio e assistiram ao duelo, porque portavam uma ordem judicial que permitia a presença deles. Os corintianos entraram com uma ação contra a Conmebol e conseguiram a liminar, alegando que exerceram o direito de consumidor, uma vez que já haviam comprado os ingressos pelo programa Fiel Torcedor.
Para o jogo diante do Millonarios, mais de 29 mil ingressos haviam sido vendidos. Para os duelos contra Tijuana, no dia 13, e San José, no dia 10 de abril, o clube também já havia vendido 55 mil ingressos pela internet de forma antecipada.
Desde que saiu a medida cautelar, o Corinthians entrou com um recurso para tentar anular a punição. O clube achou injusto ser o culpado pela tragédia com Kevin. O jovem morreu ao ser atingido por um sinalizador naval atirado por um torcedor corintiano.
Desde o dia do jogo, 12 corintianos estão presos em Oruro, indiciados como responsáveis ou cúmplices do homicídio. Eles já prestaram depoimentos e a investigação continua. O governo brasileiro já se colocou à disposição para ajudar no caso e garantir boas condições aos brasileiros na prisão.
Em São Paulo, um adolescente de 17 anos, apresentou-se à Vara da Infância e da Juventude de Guarulhos, assumindo ser o autor do disparo que matou Kevin. A polícia boliviana, no entanto, ainda duvida das versões apresentadas pelo menor e pelos 12 indiciados e não define quando eles serão liberados para voltarem ao Brasil.
Indefinido
Conmebol adia decisão e julgamento de caso Kevin fica para quinta-feira
Comitê Disciplinar da entidade sul-americana ainda vai decidir se mantém, altera ou suspende a punição ao time paulista
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