Mais uma vez, um adversário de história inexpressiva atrapalha o Inter na Copa do Brasil. Diante do Maracanã-CE, integrante da Série D nacional, no Beira-Rio, a equipe colorada foi burocrática, pouco criativa, perdeu um pênalti e teve dois gols anulados pelo VAR.
Só aos 48 minutos fez o gol da vitória, com Gustavo Prado, na estreia na competição, já na terceira fase. O resultado permite empatar na partida de volta, em 22 de maio, para avançar às oitavas de final.
Foram bem menos preservações do que se imaginava no Inter. Roger só tirou do jogo Vitão e Bernabei, que nem relacionados foram. E deixou Alan Patrick no banco.
De resto, nomes importantes, como Fernando e Aguire, voltaram ao time. E Anthoni, Wesley, Valencia, Victor Gabriel foram mantidos. A novidade foi o retorno de Thiago Maia, que compôs o restante do meio-campo com Bruno Tabata e Óscar Romero.
Gol anulado e chances perdidas
O Inter tratou de pressionar o Maracanã desde o início. Aos quatro minutos, só não fez o gol em uma de suas especialidades, o escanteio, porque faltou um pé para empurrar uma bola cabeceada por Victor Gabriel, desviada por Fernando e que ficou pingando na área pequena.
Aos oito, Wendel tirou da cabeça de Thiago Maia a oportunidade de abrir o placar. E, na cobrança de escanteio, a bola subiu, Victor Gabriel cabeceou e errou por pouco.
O Maracanã foi conseguindo se acertar defensivamente, baixou as linhas (como era esperado) e passou a resistir. O Inter, diante de um time tão fechado, tinha dificuldades para criar.
Foi ameaçar novamente aos 20, com chute de Tabata, por cima. Aos 28, Valencia também jogou por sobre o travessão, cobrando falta.
Aos 31, o Inter fez um gol. Um golaço, na verdade. Bruno Tabata fez um cruzamento na medida e Wesley, de letra, empurrou para a rede. Mas, revisado no vídeo, o lance foi anulado por impedimento milimétrico.
No primeiro minuto dos acréscimos, Wesley deixou Aguirre cara a cara com o goleiro. O lateral encheu o pé e acertou o peito de Rayr, que salvou. Aos 49, o Maracanã conheceu o campo de ataque, quando Davi Torres recebeu, entrou na área e chutou na rede pelo lado de fora.
Logo depois, Wesley arriscou de longe e Rayr defendeu. Em seguida, o camisa 21 bateu novamente e Edimar cortou de cabeça antes da linha. E assim, o primeiro tempo terminou sem gols.
Insistência até a vitória
Roger manteve os mesmos 11 na volta do intervalo. A única providência visível foi inverter os pontos, trazendo Wesley para a direita e levando Tabata para a esquerda. E já no primeiro minuto, veio a primeira finalização. Cruzamento de Tabata, cabeceio de Romero para fora.
Mas a impressão dada por essa situação ficou só nisso. Novamente, o Inter não encontrava soluções para abrir o placar.
Por isso, aos 11 minutos, Roger tirou Rogel e Tabata para colocar Vitinho e Gustavo Prado. Fernando foi para a zaga e Wesley virou segundo atacante.
Foi só no 20º minuto que o Inter voltou a finalizar. Gustavo Prado trouxe da esquerda e arriscou do bico da área, no travessão. Aos 21, Roger tirou Romero e Valencia para colocar Alan Patrick e o jovem Raykkonen, 16 anos, estreante no profissional.
Com Alan Patrick em campo, o jogo mudou. Em um de seus primeiros passes, Wesley recebeu na área e, jogando para trás, foi abalroado pelo zagueiro. Pênalti. Alan Patrick bateu e Rayr defendeu.
Aos 35, a bola entrou. Após cobrança de escanteio de Alan Patrick, Raykkonen ganhou da defesa e marcou o gol. Mas o árbitro foi chamado ao VAR para tirar a dúvida se a bola bateu no braço do atacante ao cabecear. Após cinco minutos revendo o lance, ponderando com o árbitro de vídeo, Bruno Pereira Vasconcelos anulou o gol.
Foram 11 minutos de acréscimos. Neles, o Inter seguiu martelando. E fez o gol. Aos 47, a bola foi erguida para a área e escorada por Aguirre. Wesley acertou o travessão. No rebote, Gustavo Prado encheu o pé e estufou as redes. Mais uma vez, o lance foi para o VAR e ficou cinco minutos sendo analisado, até ser confirmado.
Confira na íntegra a entrevista de Roger Machado
Escute a narração do gol colorado na voz de Marcelo De Bona
O Inter até tentou ampliar, mas ficou só no 1 a 0 mesmo. Pouco para tanta diferença.
Copa do Brasil — 3ª fase — 29/4/2025
Inter (1)
Anthoni; Aguirre, Rogel (Gustavo Prado, 11'/2ºT), Victor Gabriel e Ramon; Fernando e Thiago Maia; Bruno Tabata (Vitinho, 11'/2ºT), Óscar Romero (Alan Patrick, 21'/2ºT) e Wesley; Valencia (Raykkonen, 21'/2ºT). Técnico: Roger Machado.
Maracanã (0)
Rayr Miller; Rafael Mandacaru, Jairo Silva, Wendel Araújo (Edimar, 47'/1ºT) e Leandro Cerqueira; João Carlos, Michel Pires, Wilker Souza (Anderson, int.); Rogério (Jair, 23'/2ºT), Bravo (Mateus, 30'/2ºT) e Davi Torres (Testinha, int.). Técnico: Junior Cearense.
Gol: Gustavo Prado, aos 48 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Rafael Mandacaru, Jairo Silva, Rogério, Mateus (M)
Local: Beira-Rio
Público: 16.145 (14.800 pagantes)
Renda: R$ 156.488
Arbitragem: Bruno Pereira Vasconcelos, auxiliado por Alessandro Álvaro Rocha de Matos e Daniella Coutinho Pinto (trio baiano). VAR: Gilberto Rodrigues Castro Junior (PE).
Próximo jogo
Sábado, 3/5 — 18h30min
Corinthians x Inter
Neo Química Arena — Brasileirão (7ª rodada)
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