
Quantos estrangeiros são necessários para formar uma Torre de Babel? No Inter, sete. De cinco países diferentes. Contribuição forte para o que deve ser a final de Gauchão mais internacionalizada da história. O Grêmio conta com 11 estrangeiros. Se todos fossem utilizados ao mesmo tempo na final de sábado (8), o que é impossível, seriam 18 gringos, o equivalente a 81% dos jogadores em campo.
Além de lesionados dos dois lados, há um limite de estrangeiros em partidas de competições nacionais. O Regulamento Geral de Competições da CBF permite a utilização de, no máximo, nove jogadores nascidos fora do país por partida. A dilatação da medida foi adotada desde o ano passado. Em torneios internacionais, como a Libertadores, não há limitação.
Lesionados
No momento, o técnico Roger Machado não pode contar com o goleiro Sergio Rochet, com uma tendinose no joelho esquerdo, e o atacante Rafael Borré, acometido de um estiramento na coxa direita. O primeiro será ausência certa na decisão. O segundo, tudo indica que também ficará de fora dos 180 minutos contra o Grêmio. O zagueiro Gabriel Mercado se recupera de grave lesão no joelho e não tem data de retorno definida.

Ineditismo
O Inter nunca contou com tanta gente nascida fora do Brasil em tempos modernos. Roger tem a oportunidade de treinar bastante o seu espanhol — apesar da diversidade de gringos, todos nasceram na América do Sul. Fazem parte do elenco os laterais argentinos Alexandro Bernabei e Braian Aguirre, além do zagueiro hermano Mercado. Complementam a lista os atacantes colombianos Borré e Johan Carbonero, o atacante equatoriano Enner Valencia e o uruguaio Rochet.
No fim das contas, a língua que realmente importa no futebol é a da bola rolando. E se dentro de campo todos falarem a mesma linguagem, nenhum colorado se importará com a variedade de sotaques gritando campeão ou campeón.

A expressão Torre de Babel
Torre de Babel é um mito fundador bíblico, presente no livro de Gênesis (11:1-9). Ele é usado como uma explicação para o surgimento da diversidade de línguas existentes na humanidade. A Torre seria uma espécie de zigurate, uma construção religiosa erguida na Babilônia, embora acredite-se que a história tenha origem na Mesopotâmia.
A narrativa relata que após o dilúvio, algumas pessoas fixaram residência em um determinado ponto. Juntas, decidiram criar uma cidade e erguer a Torre. A intenção era fazer com que o empreendimento alcançasse o céu. A medida evitaria a dispersão dessas pessoas.
Deus desceu dos céus e foi à cidade e interveio sobre a Torre. Criou grande desordem ao inventar diferentes idiomas. A confusão pela dificuldade de comunicação impediu que a Torre fosse finalizada e aquele grupo de pessoas se espalhou pelo mundo.
