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Uma das melhores notícias da vitória do Inter sobre o São Luiz foi a atuação de Enner Valencia. O atacante entrou no jogo aos 16 minutos do segundo tempo e, em pouco mais de meia hora, foi responsável pelo gol do 2 a 1 e pela assistência do 3 a 1. A reabilitação do centroavante reabre o debate sobre sua utilização no time titular de Roger Machado.
O técnico já deixou claro que uma dupla com Borré exige um sacrifício de Alan Patrick que dependerá muito do contexto para ocorrer. Com os dois juntos, o camisa 10 precisa recuar até a segunda função do meio-campo, virando um marcador.
A explicação tática é que o Inter, quando se defende, fica no 4-1-3-2. Os quatro defensores são amparados por um primeiro volante (normalmente Fernando).
À frente dele, uma linha com três, sendo um ponta pela direita e um pela esquerda (Wesley e Wanderson ou Vitinho) e um meia (que tem sido Thiago Maia ou Ronaldo ou Bruno Henrique). Os dois mais avançados são Borré e Alan Patrick. Sem um dos volantes, o camisa 10 precisa recuar.
Esporadicamente, contra times retrancados, a dupla pode funcionar. Foi o caso da partida diante do São Luiz. Contra um adversário recuado, faltava presença ofensiva. Roger explicou:
— Desta vez, pedi que Valencia ficasse entre os zagueiros e fizesse as pequenas diagonais que ele gosta de fazer, liberando Borré para flutuar como um segundo atacante ou meia de passagem. E funcionou.
O caso é que, diante do Monsoon, o Inter não terá Alan Patrick. O jogador sofreu uma entorse no tornozelo e, mesmo que esteja recuperado, não será usado na partida que encerra a primeira fase do Gauchão. Assim, não teria algum sacrificado.
Alternativa ao camisa 10
Roger foi perguntado sobre o substituto de seu camisa 10, especificamente sobre a utilização de Carbonero ou de Yago Noal como alternativas. Por isso, talvez, só tenha citado ambos. Mas não é totalmente descartável que os dois estejam juntos, colocando Borré como um segundo atacante.
O colombiano tem números inferiores aos do equatoriano. Na frieza das estatísticas, Borré precisa do dobro de tempo para fazer gol e dar assistência. Mas esses mesmos dados mostram que Valencia participa menos do jogo, em passes e recuperação de bola.
— Confesso que o campo está me dizendo que Borré e Valencia podem ter mais minutos juntos. Já atuaram em outros momentos. Funcionou. É algo a se pensar desde o começo da partida porque as peças estão começando a se ajeitar dentro de campo — analisou Roger na entrevista coletiva após a vitória sobre o São Luiz.
O treino na sexta-feira pela manhã definirá a escolha de Roger. Mas estão postas as chances de Valencia e Borré, duas das contratações mais festejadas do Inter, iniciar juntos, sem Alan Patrick.
Os números dos dois atacantes
Valencia
- 5 jogos
- 251 minutos
- 2 gols
- 1 assistência
- 1 gol a cada 126 minutos
- 6 finalizações
- 8 recuperações de bola
- 25 passes certos
Borré
- 6 jogos
- 533 minutos
- 2 gols
- 1 assistência
- 1 gol a cada 266 minutos
- 9 finalizações
- 20 recuperações de bola
- 80 passes certos
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