
Natural de Erechim, Rafael Sobis realizou o sonho de ser jogador de futebol profissional. Mais do que isso, teve a felicidade de vestir a camisa do clube do coração. Nos primeiros anos de Inter, antes de se transformar no atacante que marcou três gols em duas finais de Libertadores, pôde conviver e receber conselhos de Fernandão.
Em entrevista ao programa Timeline, da Gaúcha, na manhã desta sexta-feira (7), data em que a morte de Fernandão completa 10 anos, Sobis relembrou a relação com Fernandão.

— Perdi um pai. Eu convivi muito com ele, mas do que qualquer outra pessoa. Como conselheiro. Muito do que sou hoje é por culpa dele. Eu sigo os passos dele — destacou, citando o respeito conquistado pelo amigo:
— Ele se tornou ainda maior porque faleceu. Vivemos nesse conflito de quem é ídolo. Ele virou um anjo. Até gremistas gostam dele, até pelo perfil dele como atleta.
Agora empresário, Sobis ressaltou as qualidades que mais chamavam a atenção em Fernandão.
— Ele era um líder diferente. Ensinava sem perceber. Tinha uma tranqulidade, um perfil de líder. Ele lidava de forma perfeita com as coisas. Ele ensinava mesmo sem querer — pontuou.
Visivelmente emocionado, Sobis relembrou do momento em que foi avisado da morte de Fernandão.
— Íamos ter uma amistoso contra a Itália. Estava no Fluminense. Me ligaram. Estava entrando no túnel da Rocinha. Eu não entendi. Fiquei um tempo sem sinal. Liguei para o Machado (empresário). (Fui liberado). Voltei para casa e caiu o mundo. Preferi ficar em casa. Nunca senti nada (assim). Estava anestesiado. Foi a maior surpresa da minha vida. Lembro exatamente do dia. Foi uma loucura — ressaltou.