Com o tanto de desfalques do setor ofensivo, caberá a Wanderson reassumir um papel de protagonismo que anda esquecido. O camisa 11 será um dos poucos habituais titulares que Eduardo Coudet terá à disposição para enfrentar o Criciúma, às 18h30min deste domingo, no Estádio Heriberto Hülse, pela 13ª rodada do Brasileirão. Será, também, uma oportunidade para o jogador garantir seu nome na equipe mesmo quando todos os ausentes atuais estiverem de volta.
Wanderson chegou ao Inter em 2022 e desde os primeiros dias conseguiu boas apresentações. Terminou a primeira temporada com sete gols e três assistências em 32 jogos. No ano seguinte, virou peça-chave no time, primeiro com Mano Menezes e, principalmente com Coudet. Foram 18 participações diretas para gol (oito bolas na rede e 10 passes) em 61 partidas.
Coudet repetia sua formação que tinha Wanderson em uma linha de três jogadores no setor ofensivo do meio-campo. Ele era sempre o mais aberto pela esquerda, com liberdade de movimentos e arma de velocidade em contragolpes. Seu melhor momento foi no Gre-Nal do Brasileirão do ano passado, quando marcou o segundo gol da vitória colorada por 3 a 2.
Em 2024, até iniciou bem. Fez o primeiro gol da temporada, no 1 a 0 sobre o Avenida, no Beira-Rio. Mas ainda no Gauchão, começou a cair de rendimento. Para agravar a situação, sofreu uma lesão no tornozelo que o tirou mais de 50 dias dos gramados. Essa quebra no ritmo também prejudicou esse andamento.
Desde seu retorno, contra o Delfín, esteve à disposição em todos os confrontos. Mas sua colaboração tem sido inferior à que acostumou a torcida. Sua última assistência foi em 28 de fevereiro, no 2 a 0 sobre o ASA, pela Copa do Brasil. O último gol data de 18 de fevereiro, no 3 a 1 em cima do Novo Hamburgo. Segundo o Sofascore, a última finalização na direção do gol foi diante do Corinthians, e foi a única nas quatro partidas mais recentes. Acertou apenas um cruzamento. E apenas quatro de seus passes viraram finalização.
Esses números tirariam a condição de titular de qualquer atacante. Mas o Inter atual está carente de jogadores ofensivos. Valencia e Borré estão nas seleções de seus países na Copa América. Wesley e Alario precisam cumprir suspensão pelo terceiro cartão amarelo. Lucca se recupera de lesão. Sobraram apenas Alan Patrick, Hyoran e guris da base. Por isso, Wanderson ganha mais uma chance.
Escalação para domingo
A tendência de Coudet é escalar o Inter em sua formação característica, o 4-1-3-2, tendo Mallo, Vitão, Fernando e Robert Renan (caso Renê precise descansar). No meio, devem atuar Thiago Maia como volante, à frente dele Bruno Henrique na direita, Aránguiz centralizado e Wanderson na esquerda. Como dupla de ataque, Alan Patrick e Hyoran. Ainda disputam vaga Mercado e Igor Gomes para a defesa (Bustos não treinou e pode ser desfalque), Gustavo Prado em uma das posições do meio, e um dos meninos Lucca Drummond ou Ricardo Mathias no ataque.
O Criciúma vem de derrota. Perdeu para o São Paulo, na quinta-feira, por 2 a 1, no Morumbis. Tenta dar a volta em casa, que desta vez não será Beira-Hülse. A casa pulsará a favor do Tigre.
Independentemente disso, é a hora de Wanderson reassumir o protagonismo. Porque falta pouco para Coudet ter todos os jogadores. E quando isso ocorrer, alguém vai sobrar. A chance do camisa 11 está aí.