Nesta quinta-feira (11), iniciará a trajetória de Dorival Júnior na Seleção Brasileira. Com uma entrevista coletiva, na sede da CBF, o treinador será apresentado oficialmente como novo ocupante do cargo de treinador. E, apesar de ter passado pelo Inter há mais de uma década, o profissional terá na torcida um ex-dirigente colorado.
— Sou um amigo pessoal do Dorival. Conheço ele muito bem e penso que está no ponto em termos de amadurecimento, de vivência e conhecimento futebolístico. Ele não é fechado a dogmas. É um estudioso e, talvez, falte marketing ao Dorival. Só isso. Mas, se derem tempo para ele trabalhar, vai compensar isso com trabalho — comentou Luis Anápio Gomes, que ocupou o cargo de vice-presidente de futebol colorado quando da estadia do técnico no Beira-Rio.
Dorival foi contratado pelo Inter em agosto de 2011. Na época, sucedeu Paulo Roberto Falcão. Foi campeão da Recopa Sul-Americana naquele ano, vencendo o Independiente, da Argentina, e também conquistaria o Gauchão no ano seguinte. Porém, acabou demitido em julho de 2012, sendo substituído por outro ídolo colorado: Fernandão, que na época era diretor técnico.
— Lamentavelmente, por questões profissionais, eu tive que sair (do cargo). Eu também era o presidente da Comissão de Obras do Beira-Rio e vice-presidente eleito e, por isso, não pude mais continuar no futebol. Se não, o Dorival teria continuado por mais tempo. A questão do Fernandão ter assumido o futebol, eu encarei como precipitada e tive a oportunidade de falar isso a ele, que também foi um grande amigo. Daria certo, mas de uma forma gradativa e no seu tempo — recordou Anápio.
A chegada de Dorival à Seleção Brasileira se dá depois de duas temporadas de sucesso à frente de Flamengo e São Paulo. No clube carioca, foi campeão da Libertadores e Copa do Brasil de 2022, tendo levantado a última taça também pela equipe paulista no ano passado. Com estas credenciais, foi escolhido para substituir Fernando Diniz, após a negativa do italiano Carlo Ancelotti, que optou por renovar contrato com o Real Madrid.
— Vejo o Dorival com um perfil similar ao do Carlo Ancelotti que, lógico, tem uma trajetória fantástica. Ele é um conciliador dentro do vestiário, mas se impõe com os jogadores pelo conhecimento, pela postura e lealdade. Penso que a CBF acertou. Ele não tem marketing e nem faz questão de ter um estilo de jogo arriscado em prol de uma vaidade pessoal, como o antecessor dele (Diniz), mas harmoniza o time dentro de campo de acordo com o potencial dos jogadores. E isso não vai faltar agora — conclui o ex-dirigente colorado.