O Inter levou a melhor no Gre-Nal 440, válido pelo segundo turno do Brasileirão, com uma vitória por 3 a 2 neste domingo (8). GZH mostra cinco pontos que foram determinantes para o time de Eduardo Coudet levar a melhor sobre os comandados de Renato Portaluppi.
1 - Marcação no campo de ataque
Uma das marcas das equipes de Eduardo Coudet é a marcação no campo de ataque. Adiantar muitos jogadores para tentar roubar bolas próximo do gol do Grêmio foi uma das estratégias que funcionaram com sucesso no Gre-Nal. De uma jogada assim saiu o lance em que Valencia ficou cara a cara com Grando e foi avaliado como possível pênalti pelo VAR logo no início do clássico. O equatoriano ainda na etapa inicial perdeu uma chance frente a frente com o goleiro gremista após roubada de Aránguiz.
O segundo gol do Inter, marcado por Wanderson, no começo do segundo tempo, foi a coroação dessa arma da equipe de Coudet no clássico. Renê adiantou, pressionou e desarmou Galdino para dar a bola para o camisa 11 enfrentar a defesa gremista e chutar no canto de Gabriel Grando.
2 - Liberdade para Alan Patrick
Alan Patrick foi o grande nome do Gre-Nal 440. Seu posicionamento, partindo como atacante, mas com liberdade para se movimentar pelo campo foi chave para Inter dominar o clássico. O camisa 10 não teve um marcador destinado pelo Grêmio soube frequentar as diferentes zonas do campo sempre encontrando espaço para ditar o ritmo dos ataques colorados.
Autor do segundo gol do Inter, Alan Patrick foi também o responsável pela assistência para Enner Valencia abrir o placar. O camisa 10 ainda deu outros três passes que terminaram em finalizações coloradas. O meia foi o jogador com mais passes certos na partida, um total de 40. Ele errou apenas quatro tentativas.
3 - Sistema defensivo
Ainda que o Grêmio tenha feito dois gols, eles vieram em chutes de fora da área. No primeiro, o Inter estava com a área bem preenchida e a bola só entrou por falha de Rochet no chute de João Pedro. No segundo, a barreira abriu na falta batida por Suárez, o que contribuiu para uma demora na reação do goleiro colorado.
Os gols foram as duas únicas finalizações gremistas no alvo na partida. No mais, o sistema defensivo do Inter teve sucesso na marcação do ataque gremista. Mesmo tendo mais a bola, 54%, o Tricolor pouco ameaçou Rochet, que não fez nenhuma defesa no clássico.
4 - Mudança de postura de Coudet
Depois de ser eliminado da Libertadores nos minutos finais contra o Fluminense em jogo no qual Eduardo Coudet não mexeu na estrutura da equipe, no Gre-Nal o argentino optou por trocas defensivas na reta final do clássico. Após o gol de Suárez, que deixou o placar em 3 a 2, o treinador colorado colocou Igor Gomes para o Inter ter uma linha de cinco defensores. Rômulo, Gabriel, Nico Hernández e Dalbert foram outras trocas visando ganhar poder físico e maior marcação.
O Inter terminou o Gre-Nal tendo uma linha de cinco defensores com Igor Gomes, Vitão, Mercado, Nico Hernández e Renê e outra com quatro sendo eles dois laterais (Bustos e Dalbert) e dois volantes (Rômulo e Gabriel). Valencia foi o único jogador ofensivo que estava em campo no apito final do árbitro Paulo Cesar Zanovelli.
5 - Resposta anímica
Uma dúvida sobre o Inter para o Gre-Nal estava em como o time iria reagir animicamente após a eliminação na Libertadores. Pois o bom começo de clássico, com chances criadas logo no primeiro minuto e o gol de Valencia aos 5, já mostrou uma resposta anímica positiva da equipe.
O Inter soube reagir aos gols do Grêmio. O terceiro, marcado por Alan Patrick, veio apenas três minutos depois João Pedro descontar. O Colorado também não se abateu após Luis Suárez descontar novamente e teve calma para se organizar defensivamente e manter a vantagem.