Quando entrar em campo no Barradão, nesta quinta-feira (3), às 19h, o Inter estreia na Copa do Brasil de 2021 com a missão quebrar um tabu ao final do mata-mata, válido pela terceira fase: eliminar o Vitória. Nas duas edições em que os clubes se encontraram, os gaúchos ficaram pelo caminho. A primeira vez, em 2004, nas oitavas, e a mais recente, em 2018, na quarta fase. A diferença, agora, é que a partida decisiva será no Beira-Rio, na próxima quinta-feira (10).
Em 2004, o Inter vivia um momento de reconstrução com o terceiro ano de mandato do presidente Fernando Carvalho. Depois de vencer o Gre-Nal decisivo da primeira fase do Gauchão, o técnico Lori Sandri teve 10 dias para preparar o time que enfrentaria o Vitória. Confiança-SE e Prudentópolis-PR já tinham ficado pelo caminho.
Em campo, alguns jogadores que anos depois venceriam a Libertadores e o Mundial: Clemer, Bolívar, Edinho e Sóbis. E o grande nome colorado na época, o atacante Nilmar, então com 19 anos.
O Inter ficou no empate em 1 a 1 em casa: o volante Vinícius fez, contra, para os gaúchos, e o centroavante Obina igualou para os baianos. Na volta, Nilmar estava fora, com lesão muscular. Mas Oséas estava em campo e abriu o placar para o Inter. A vitória fora de casa garantia a classificação.
O segundo tempo colorado, contudo, não foi nada bom. O esquema com três zagueiros não resistiu e logo no início, Xavier empatou. Depois, Obina foi derrubado na área, e o atacante Edílson virou, de pênalti. A situação do Inter piorou quando Clemer se desentendeu com um gandula e foi expulso. Aí, veio o golpe de misericórdia, com Magnum: Vitória 3 a 1.
Pênaltis
Curiosamente, também em 2018, quando o Inter teve de encarar o Vitória, o clube vivia uma fase de reconstrução. Meses antes, havia voltado da segunda divisão do Campeonato Brasileiro, e a temporada era de afirmação para o jovem técnico Odair Hellmann.
Melhor do que na vez anterior, o Inter abriu o duelo vencendo e levando vantagem para Salvador. Patrick fez 1 a 0 para o Colorado e Denílson empatou ainda no primeiro tempo. Quando tudo se encaminhava para o empate, aos 44 minutos da etapa final, D’Alessandro cobrou falta despretensiosa do lado da área e o goleiro Caíque espalmou para dentro do próprio gol, numa falha grotesca. Final, Inter 2 a 1.
Agora, o empate bastava no Barradão e o melhor: o critério do gol marcado fora de casa não valia mais. Qualquer derrota por um gol de diferença levaria a disputa para os pênaltis. E assim foi.
Sem Edenilson, suspenso, o Inter controlou a partida sem maiores dificuldades. Elas começam a surgir no intervalo quando Rodrigo Moledo, com incômodo na coxa, precisou ser substituído por Klaus. O Vitória partiu para cima e conseguiu o gol com Neílton, cobrando pênalti duvidoso em lance com Iago.
Remanescentes
Na disputa de penalidades, Camilo, Fabiano e Patrick foram precisos. Mas Nico López e Gabriel Dias desperdiçaram. Os baianos só erraram uma vez, com Nickson, e outra vez Neílton (que viria para o Inter depois), convertendo a última cobrança, fez a festa do Vitória.
Seis jogadores que atuaram há três anos seguem no Beira-Rio: o goleiro Marcelo Lomba, os zagueiros Rodrigo Moledo e Victor Cuesta, o volante Rodrigo Dourado e o meias Edenílson e Patrick.