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A repercussão no vestiário do Inter com o resultado do sorteio da fase de grupos da Libertadores foi imediata. Logo após o evento, Thiago Galhardo concedeu entrevista coletiva virtual no CT Parque Gigante para dar suas impressões dos adversários que o Colorado terá pela frente nesta primeira parta da competição. No Grupo B, o clube gaúcho enfrentará o Olímpia-PAR, o Always Ready-BOL e o Deportivo Táchira-VEN.
— Sabemos que tem o Olímpia, tricampeão da América, o Always Ready, time de La Paz, que é o atual campeão boliviano e tem a altitude, e o Deportivo Táchira, que é o venezuelano que mais disputou a Libertadores. Na teoria, dizem que é mais fácil perante outros grupos, mas na prática é difícil. São clubes competitivos e tem a questão altitude. Mas, quando você entra em uma competição e quer ser campeão, não se pode escolher adversário. O objetivo do Inter é ser campeão e se esse é o caminho a ser trilhado, a partir do dia 21, é esse caminho que vamos seguir e que possamos ter um desfecho positivo — respondeu o centroavante.
A estreia está prevista para os dias 21, 22 ou 23 de abril, justamente contra a equipe boliviana. Na altitude superior a 4 mil metros, o início do sonho do tri da América começará a ser trilhado. Galhardo relembra as experiências que teve na altitude quando defendeu o Botafogo e destaca o ar rarefeito como o desafio a ser superado.
— Já joguei na altitude com o Botafogo e de fato é diferente. A bola fica mais rápida. Cada fisiologista pensa da sua forma. Uns pensam que é melhor ir antes para se ambientar com a velocidade da bola e com a dificuldade de respiração. Mas tem gente que prefere chegar mais perto do jogo para não sentir tanto. Além da bola mais rápida, quando se corre você fica mais ofegante. Mas isso não pode ser desculpa e nem um problema. Temos que passar por cima — comentou.
Em 2020, o Inter terminou a fase de grupo da Libertadores na segunda colocação e enfrentou o Boca Juniors nas oitavas de final. Mesmo sendo eliminado na oportunidade, Galhardo ressaltou as lições aprendidas. Além disso, não fugiu da responsabilidade de ser o time a ser batido no Grupo B.
— O Inter é muito grande, então sempre temos que entrar com a mentalidade de ser o primeiro. Essa responsabilidade é toda nossa e sabemos disso. Os jogadores, comissão técnica e diretoria. Sabemos da importância que é terminar em primeiro da chave, mesmo que não dê garantia nenhuma que iremos fugir de um gigante, porque pode acontecer. Assim como nos classificamos em segundo no ano passado, o Boca Juniors pode passar em segundo nessa temporada. O que mudaria seriam os mandos de campo. Se você quiser ser campeão, não dá para escolher adversário nem mando de campo, mesmo que seja uma vantagem decidir em casa — finalizou.