Nas últimas duas semanas, GaúchaZH consultou comentaristas para eleger o melhor time do Inter de todos os tempos. O grande vencedor desta disputa foi o Inter de 1975-1976, superando na decisão a equipe campeã brasileira invicta, em 1979.
— Nosso time não tinha medo de nada nem de ninguém. Podíamos ter diferenças fora do campo, mas dentro dele éramos 11 leões que jamais se entregavam — disse o ex-zagueiro Elías Figueroa, autor do gol que garantiu o troféu de 1975.
No começo da competição, foram selecionadas oito equipes que entraram para a história do clube, seja pela conquista de grandes títulos ou pela representatividade em sua época. Elas foram confrontadas em uma espécie de torneio, com chaveamento de quartas de final e semifinal, até chegar à grande decisão.
Nas quartas de final, formações históricas foram eliminadas, como o Rolo Compressor da década de 1940, a equipe que venceu o Gre-Nal do Século em 1989, os campeões da Copa do Brasil de 1992 e até mesmo a equipe bicampeã da América em 2010.
Na semifinal, as escolhas foram ainda mais dolorosas, deixando para trás os comandados de Tite de 2008 e o grande time de Fernandão e companhia que, em 2006, venceu a primeira Libertadores e, em seguida, o Mundial de Clubes sobre o poderoso Barcelona.
Na grande final, chegaram dois verdadeiros esquadrões. De um lado, o Inter de 1975-1976, treinado por Rubens Minelli, que conquistou os dois primeiros títulos nacionais do Rio Grande do Sul. Do outro lado, a equipe de Ênio Andrade que, em 1979, venceu o Brasileirão de forma invicta — fato até hoje jamais repetido.
Participaram desta última etapa do SuperDupla: os colunistas de GaúchaZH Pedro Ernesto Denardin e Diogo Olivier, e o comentarista de SporTV, Lédio Carmona. A sentença você conhece agora:
Final
Inter de 1975-1976 2x1 Inter de 1979
Pedro Ernesto Denardin
O time de 1975-1976. Inter tinha 11 jogadores maravilhosos e reservas muito bons, com Rubens Minelli no comando.
Diogo Olivier
Votar em um melhor Inter sem Manga, Figueroa e Carpegiani é quase heresia, mas temos de olhar o contexto. O Inter de 1979 ganhou um Brasileirão sem perder e deixou escapar a Libertadores no crime, criando mais chances de gol no confronto final. O meio-campo colorado tinha Batista, Falcão, Jair e Mário Sérgio, todos selecionáveis, mais o velho Valdomiro escapando pela direita. Ainda tinha Mauro Galvão, com 17 anos, que só dava balão para mostrar que também sabia engrossar. Assim como o time de 1975, o de 1979 jogava sob clara influência do Ajax, bicho papão da época, que havia servido de modelo para o Minelli abrir caminho quatro anos antes.
Lédio Carmona
Individualmente, o time de 1975-1976 era melhor. Falcão, Carpegiani, Flávio, Valdomiro... Era um time mais inteiro, mais compacto e rico tecnicamente.