O primeiro duelo entre Inter e Deportes Tolima terminou empatado em 0 a 0. A partida foi disputada na noite desta quarta-feira (19), em Ibagué, na Colômbia.
Agora, da mesma forma que na etapa anterior, quando eliminou a Universidad de Chile, o Colorado precisará vencer em casa para avançar à fase de grupos da Libertadores.
1) Poucas finalizações

Embora tenha terminado a partida com 61% de posse de bola, o Inter não conseguiu transformar isso em chances de gols. Foram poucas finalizações contra o goleiro colombiano, que só foi trabalhar no final do segundo tempo, quando Boschilia arrematou de longa distância e obrigou Montero a espalmar para a linha de fundo.
O centroavante Paolo Guerrero, por exemplo, foi responsável por um único chute a gol durante os 90 minutos. Ainda no primeiro tempo, bateu de fora da área, nas mãos do goleiro.
2) Ineficiência do Tolima

Como de costume, o Inter jogou novamente com suas linhas muito altas e, por isso, a defesa ficou muito exposta à velocidade dos colombianos — principalmente às costas do lateral-direito Rodinei.
Para piorar, o Colorado errou alguns passes na saída de bola, que geraram contra-ataques perigosos em favor dos donos da casa. Entretanto, o Tolima não soube aproveitar. Em um dos lances, Bruno Fuchs deu carrinho certeiro dentro da área, impedindo que Campaz finalizasse contra Marcelo Lomba.
3) Buraco no meio-campo

No modelo de jogo implementado por Eduardo Coudet, o argentino Musto precisa recuar como um líbero para auxiliar na saída de bola pelo chão. Porém, inúmeras vezes os zagueiros se viam sem opção de passe e abusavam da ligação direta para os atacantes.
Uma das razões é a utilização de Rodrigo Lindoso, que até o ano passado era primeiro volante, em uma zona do campo que deveria servir como ligação entre a defesa e o ataque. Apesar de ter sido responsável pelo maior número de passes certos (77), o ex-botafoguense não conseguiu auxiliar na construção do jogo.
4) Cansaço

A principal novidade na escalação inicial foi a ausência de D'Alessandro. Após o jogo, Coudet deu como justificativa o desgaste físico apresentado pelo jogador de 38 anos. De fato, não se pode ignorar o fato de que, no último fim de semana, o time teve de jogar com um atleta a menos durante todo o segundo tempo contra o Grêmio.
Há também de se considerar a viagem desgastante a Ibagué. Depois de quase oito horas de voo de Porto Alegre para Bogotá, a delegação ainda encarou mais quatro horas de ônibus pelas estradas do interior do país.
5) Confiança no Beira-Rio

As entrevistas após a partida mostraram que o Inter avaliou como positivo o empate na Colômbia. O segundo tempo da partida, quando os jogadores trocavam passes sem ambição, evidenciou o entendimento colorado.
A confiança é que, na próxima semana, diante de seu próprio torcedor, a equipe irá superar o Tolima no Beira-Rio. O exemplo está na fase anterior, quando bateu a Universidad de Chile por 2 a 0 depois de empatar sem gols em Santiago.