
O Inter anunciou nesta quinta-feira (28) que Roberto Melo não é mais vice-presidente de futebol do clube. Menos de uma hora após o comunicado, o presidente colorado Marcelo Medeiros concedeu coletiva de imprensa no CT Parque Gigante para prestar esclarecimentos aos torcedores.
— Um treinador me disse uma vez que ser vice-presidente é uma atividade extremamente difícil. O Roberto esteve três anos com a gente à frente do futebol, mas depois do resultado de ontem (quarta-feira), ele estava muito chateado e tomou esta decisão. Ele nos comunicou e a gente acatou. Em um momento propício, o Melo deve conversar com vocês sobre isso — afirmou Medeiros.
Até que um novo nome assuma a posição deixada por Melo, Rodrigo Caetano, diretor-executivo, será o homem do futebol colorado. Outro dirigente deve ser escolhido partir de 2020.
— O clube está em constante processo de avaliação em todas as áreas. Ainda não pensamos em nomes. Nosso pensamento agora é no Botafogo, nosso próximo adversário no Brasileirão — disse o dirigente.
A vitória contra o Botafogo é fundamental para as pretensões coloradas no campeonato. Atualmente, o Inter ocupa a oitava colocação com 51 pontos, dois a mais do que o Goiás, primeiro fora da zona de classificação para a Libertadores. Quando perguntado se tem medo de não conseguir a vaga para a competição sul-americana em 2020, Medeiros relembrou onde assumiu o Inter em 2017.
— Meu primeiro ano de mandato foi na Série B. Se eu jogar uma Sul-Americana, não tenho medo de nada. Para quem passou pelo que a gente passou, não tenho medo de nada. Temos três jogos pela frente e hoje estamos na Libertadores.
Questionado se a pressão externa da torcida havia influenciado a saída de Melo, o presidente foi taxativo.
— A decisão partiu dele. A torcida tem o direito de protestar, exigir e se manifestar, mas nós que estamos deste lado precisamos ter serenidade ao comandar o clube.