
Roberto Melo deixa o cargo de vice-presidente de futebol do Inter com um amplo legado de contratações. Desde a série B, em 2017, até a reta final da atual temporada, destaca-se a dupla de zaga formada por Moledo e Cuesta, a esperança de gols com Paolo Guerrero e a regularidades de Lindoso e Edenilson no meio. As apostas em jogadores como Tréllez, Klaus e Jonathan Alvez, no entanto, não corresponderam.
As cinco aprovações
Paolo Guerrero:
Com a parceria de Rodrigo Caetano, atacante peruano foi resgatado por Melo meses depois da punição por doping, no Rio de Janeiro, onde seu contrato com o Flamengo terminara. O centroavante foi apresentado com festa e grande expectativa em agosto de 2018, após liderar a seleção peruana em sua campanha de Copa do Mundo depois de 36 anos sem participar da competição. Guerrero, no entanto, só estreou oito meses depois, já em 2019. De abril até novembro, foram 18 gols em 38 partidas.

Victor Cuesta:
O zagueiro argentino foi trazido do Independiente por Melo no auge de sua carreira para ajudar o Inter na Série B, em março de 2017. Chegou a Porto Alegre e liderou a zaga que tinha Klaus, Paulão, Ernando, Eduardo e Léo Ortiz como opções. Com a camisa 15 vermelha, mostra segurança e regularidade mesmo nas piores atuações coletivas da equipe. Depois do goleiro Lomba, é o jogador que mais entrou em campo pelo colorado em 2019.

Rodrigo Moledo:
O xerife voltou ao colorado no começo de 2018 e assumiu a titularidade ao lado de Cuesta. Melo o trouxe do futebol grego e o zagueiro correspondeu às expectativas. Mesmo com lesões, era homem de confiança de Odair e segue sendo de Zé Ricardo, com quatro gols em 41 jogos na atual temporada.
Rodrigo Lindoso:
O volante de 29 anos veio do Botafogo como uma aposta, mas se afirmou após a lesão de Rodrigo Dourado. Torcedores cariocas chegaram a fazer piada com a contratação nas redes sociais. Melo negociou a vinda de Lindoso envolvendo a ida de Alex Santana para o clube alvinegro. Pelo colorado, Rodrigo Lindoso tem seis gols em 43 partidas, sendo quatro pelo Brasileirão, resultando em sete pontos — duas vitórias e um empate — para o Inter.

Edenilson:
O motorzinho colorado foi símbolo da boa fase de Odair na campanha que levou o time à final da Copa do Brasil. O volante veio emprestado do Genoa, da Itália, em 2017, primeiro ano do trabalho de Melo. Na metade de 2018, já na Série A, Edenilson, 29 anos, se consolidou como liderança técnica e foi contratado em definitivo. Na atual temporada, o jogador já marcou oito gols em 55 jogos.
As cinco reprovações
Klaus:
O jovem zagueiro trazido do Juventude acumulou lesões e não conseguiu desenvolver um bom trabalho no Inter. Melo contratou o jogador como aposta por empréstimo na Série B, em 2017. Ele segue no elenco colorado, mas perdeu espaço. Atuou 13 vezes em 2019, a maioria delas como reserva quando Odair preservava os titulares.
Tréllez:
O atacante colombiano estava sem espaço no São Paulo e pareceu uma boa opção para Melo, que precisava qualificar o ataque colorado. A direção tinha investido suas fichas em Guerrero, suspenso por doping semanas depois de sua apresentação, em 2018. Em 2019, tem 13 jogos e nenhum gol marcado.

Jonathan Alvez:
Chegou antes de Guerrero, depois de uma passagem discreta pelo Barcelona de Guayaquil. Melo o trouxe por empréstimo de um ano e meio a partir de julho de 2018, mas o uruguaio deixou o Inter no começo de 2019, mesmo sendo o único centroavante no elenco na pré-temporada. O colombiano marcou quatro gols em 16 partidas.
Rithely:
Depois de meses tentando sua contratação junto ao Sport, Melo conseguiu que o volante viesse para Porto Alegre em setembro de 2018. À época, o Inter liderava o Campeonato Brasileiro. Seu contrato era de empréstimo até dezembro de 2018 e foi renovado até o final de 2019. Entretanto, ficou para trás na lista de opções para o meio de campo colorado.
Roger:
O centroavante era cotado pelo Corinthians quando Roberto Melo o trouxe para o Inter. A negociação sem custos com o Botafogo anunciava a primeira chegada para o retorno colorado à Série A. Porém, quatro meses, 13 jogos e um gol depois, Roger deixou Porto Alegre para voltar à Ponte Preta.