
O returno do Brasileirão avança a passos largos, outubro já está em sua segunda semana, e o momento é de definições. Sexto colocado no campeonato, o Inter vê o bloco do G-4 (clubes com vaga direta à Libertadores 2020) se distanciar. Está quatro pontos atrás do Corinthians, a seis do Santos, a nove do Palmeiras, e a 14 do líder Flamengo.
Nesta quarta-feira, terá mais um duro teste: o CSA, de Argel Fucks, em Maceió. É verdade que o objetivo Argel é evitar o descenso de sua equipe — que nos dois últimos jogos em casa venceu Ceará e Avaí. Para complicar ainda mais a tarefa de Odair Hellmann, o treinador colorado uma vez mais mandará a campo uma equipe distinta. Desde a abertura do segundo turno, na vitória sobre a Chapecoense, o Inter não consegue repetir sua escalação titular.
No quinto jogo do returno, a quinta formação diferente. Para enfrentar o CSA, o time terá alterações em todos os setores. Se diante dos catarinenses quem não atuou foi Nonato, Wellington Silva deixou a equipe na partida contra o Flamengo justamente para o ingresso de Nonato — que já estava esgrimindo com as suas dores no púbis. O clássico no Maracanã dizimou o Inter.
Bruno e Guerrero foram expulsos no primeiro tempo, enquanto Rodrigo Moledo saiu com (mais uma) lesão muscular — e desfalcará a equipe por mais três semanas. Assim, cheio de desfalques, o Inter recebeu o Palmeiras. O desgaste do jogo do Rio somado à maior categoria do adversários, fizeram com que o Inter empatasse em casa com a equipe de Mano Menezes. Nessa partida, Odair perdeu mais um jogador: Sobis, lesionado.
Depois do Palmeiras, a equipe rumou a Belo Horizonte. Com Heitor e Bruno Fuchs mantidos, e com a volta de Guerrero, após cumprir a suspensão pelo cartão vermelho no Maracanã. Agora, frente a frente com o seu passado, no Rei Pelé, o Inter terá novos desfalques.
— Na defesa há duas boas opções, já que Klaus e Emerson Santos têm mais ou menos a mesma altura e são destros. O primeiro entrega mais combatividade, enquanto o segundo tem melhor saída de bola. O modelo de jogo do Inter desde 2017 depende muito de duas referências: o primeiro volante e o centroavante. Lindoso substituiu Dourado com louvores. E Guerrero é uma melhoria incontestável ao que era Damião. Mas, na ausência do peruano, a qualidade individual despenca. Pedro Lucas ainda é uma afirmação, e Tréllez é insuficiente — aponta o analista de desempenho e comentarista no DAZN, Gustavo Fogaça.
— Se for pra manter o modelo de jogo, esta é a hora de "dar minutos" ao jovem talento de Pedro Lucas. Mas, se a confiança no atleta não for suficiente, deve entrar mesmo Parede para jogar em um 4-4-2, ao lado de Nico, com o tripé D'Alessandro-Patrick-Edenilson dando sustentação — entende Fogaça.
Além de Moledo, de Pottker e de Sobis, que seguem fora, Odair perdeu Guerrero para a seleção peruana, Fuchs, para a seleção olímpica, e Nonato, por suspensão, e devido a dores no púbis. Emerson Santos deve substituir Bruno Fuchs — a outra opção é Klaus.
D'Alessandro, recuperado da lesão muscular que o afastou da final da Copa do Brasil, pode começar o jogo. No ataque, há Neilton, Guilherme Parede, Santiago Tréllez e Pedro Lucas — que jogaria o Gre-Nal de Aspirantes ao final da tarde dessa segunda-feira e, depois, rumaria para Maceió, a fim de se integrar à delegação. Ou seja: sexto jogo, sexto Inter em campo.
— São três desfalques pesados: Bruno Fuchs, Nonato e Guerrero. O Inter não perde tanto na defesa. Emerson Santos, além da experiência, tem a qualidade de Bruno Fuchs na saída de bola e aporta mais defesa de área. Talhado para confrontos físicos. Aqui é um problema "menor". Já sem Nonato, é a quebra de estilo. Poderá entrar D'Alessandro, mas sabemos que ele não tem a intensidade que Nonato vinha dando ao meio-campo. Jogando com fluidez e aproximando a equipe. Normalmente, joga aberto, e aí mexe em Patrick ou Nico Lopez, que vem jogando livre, e é como se sente confortável. Mas D'Alessandro é D'Alessandro, precisa jogar sempre que tiver condições — afirma Mairon Rodrigues, analista do Footure.
— Substituir Guerrero é tarefa difícil, não pelos gols que o peruano não vem fazendo, mas ele dá jogo sem bola, associação e retenção. O Inter não tem um atacante assim no elenco. Neilton ressuscitou, funciona bem atrás do atacante. Esse atacante poderia ser Nico? A ver. É a posição mais problemática, hoje, do elenco colorado — conclui Rodrigues.
Em busca do retorno ao G-4, o Inter em mutação encerrará a sua gira por Minas Gerais e por Alagoas tentando derrotar o time de Argel Fucks — que tenta deixar o Z-4 do Brasileirão.
Quem pode entrar no Inter contra o CSA:
- Sai Bruno Fuchs, entra Emerson Santos ou Klaus
- Sai Nonato, entra D'Alessandro ou Neilton
- Sai Guerrero, entra Wellington Silva ou Guilherme Parede ou Santiago Tréllez
Um Inter diferente a cada rodada do returno:
- Inter 1x0 Chapecoense: Lomba; Bruno, Rodrigo Moledo, Cuesta e Uendel; Rodrigo Lindoso, Edenilson e Patrick; Nico López, Wellington Silva e Guerrero
- Flamengo 3x1 Inter: Lomba; Bruno, Rodrigo Moledo, Cuesta e Uendel; Edenilson, Rodrigo Lindoso, Patrick e Nonato; Nico López e Guerrero
- Inter 1x1 Palmeiras: Lomba; Heitor, Bruno Fuchs, Cuesta e Uendel; Rodrigo Lindoso, Edenilson e Nonato; Nico López, Patrick e Rafael Sobis
- Cruzeiro 1x1 Inter: Lomba; Heitor, Bruno Fuchs, Cuesta e Uendel; Rodrigo Lindoso, Edenilson e Nonato; Nico López, Patrick e Guerrero
- CSA x Inter (provável formação): Lomba; Heitor, Emerson Santos, Cuesta e Uendel; Rodrigo Lindoso, Edenilson e D'Alessandro; Patrick, Nico López e Wellington Silva