
O Inter conquistou o Campeonato Brasileiro de Aspirantes nesse domingo (13) ao derrotar o Grêmio no Estádio Centenário, em Caxias do Sul. A equipe colorada foi comandada pelo auxiliar Manu Correa, que assumiu o time em razão da ida de Ricardo Colbachini ao profissional como interino após demissão de Odair Hellmann. Em conversa com GaúchaZH, Correa ressaltou a importância de Colbachini no título dos aspirantes.
Como você recebeu a notícia de que teria de comandar o time na final?
Isso chegou para a gente e nos deu muita alegria. O Ricardo merece tudo que está vivendo. O trabalho aqui é dele, o título foi dele. Ele está no profissional porque merece. É lógico que a notícia me pegou de surpresa, mas não despreparado. A gente está no futebol há muito tempo e almeja chegar a um momento como esse.
O Grêmio foi superior no primeiro Gre-Nal da final. O que foi feito para a segunda partida da decisão?
O primeiro jogo foi mais tenso para nós. Jogar no Beira-Rio, Gre-Nal. Não que os meninos tenham sentido o peso, mas eles não estavam tão confortáveis. O sucesso foi dar confiança e fazer eles acreditarem. O Grêmio tinha sido melhor no primeiro jogo e a gente usou isso de forma positiva para motivar os jogadores. O que mudou foi a atitude deles, a questão mental.
Você concorda com a avaliação de que o Inter tem priorizado o físico em relação à técnica no trabalho da base?
Eu não concordo. Nós temos jogadores muito técnicos. Uma prova disso foi o jogo de domingo, em que muitos atletas se destacaram. O trabalho feito no Inter prima pela capacidade técnica. Lógico que competitividade não vai faltar, porque faz parte do DNA do clube, que é vencedor. Mas os atletas devem saber jogar futebol. Isso é o principal.
Quais jogadores estão mais próximos do elenco principal?
É sempre difícil citar nomes. Em termos de maturidade, de estar pronto, o Keiller cresceu muito de 2018 para esse ano, as finais mostraram isso. Nós perdemos a decisão para o São Paulo no ano passado, na qual ele falhou em um dos gols e ficou muito abatido. Domingo falei a ele: "olha como o futebol dá voltas”. O Fábio Alemão também foi fundamental, Zé Aldo e Pedro Lucas cresceram muito. Pelo momento, estes estão com meio caminho andado.
Se for necessário, Colbachini está pronto para assumir o time principal até o final do ano?
O Colbachini está aqui há muito tempo nessa função. Ele vem fazendo um grande trabalho nos últimos anos. Ele é bicampeão brasileiro no sub-23, chegou a três finais. Ele tem totais condições para estar lá. A decisão é da direção, mas o que podemos fazer é torcer por ele.
Como você chegou ao Inter?
Encerrei minha carreira de jogador no São José-POA, um clube que tenho muito carinho. Trabalhei lá seis vezes, treinei em todas as categorias, fui auxiliar no profissional também. Depois trabalhei no Porto Alegre, no Guarani de Venâncio Aires, no Mogi Miram e estava no São José. Em time grande essa é a minha primeira oportunidade. Tenho aprendido muito.