Até por ser sobrinho do grande lateral Luís Carlos Winck, ex-jogador da dupla Gre-Nal e da Seleção Brasileira, Cláudio sempre gerou muita expectativa na imprensa e torcida. Mas as coisas saíram longe do que se imaginava. Nesta sexta-feira (7), reencontrará o Inter, clube que o revelou para o futebol em 2012. Em 2016, quando defendia a Chapecoense, ele atuou no empate em 0 a 0, pela primeira rodada do Brasileirão. Desta vez, porém, o atleta de 25 anos estará no banco de reservas do Vasco.
Depois de rescindir contrato com o Inter, Winck foi anunciado pelo clube carioca. Contudo, não conseguiu se firmar. De lá para cá, fez apenas seis jogos — três pelo Campeonato Carioca, dois pelo Brasileirão e um pela Copa do Brasil, entrando no segundo tempo. Sua última atuação foi há um mês, no empate em 1 a 1 com o Corinthians, em Manaus.
— Ele foi contratado para disputar posição com o paraguaio Raul Cáceres, que teve um bom início, principalmente no Campeonato Carioca. A partir daí, o Cláudio ficou sem oportunidades para jogar. Depois, no final do Estadual, o rendimento do Cáceres caiu e ele seguiu sem chances. Ele chegou até a reclamar a pessoas próximas. Tinha a expectativa de ter uma disputa por posição maior, algo que não aconteceu — relata o repórter Bruno Marinho, do jornal O Globo.
Infelizmente, o ostracismo no Rio de Janeiro não é novidade na carreira de Winck. Na primeira vez que deixou o Beira-Rio, em 2015, disputou apenas duas partidas oficiais pelo Hellas Verona, da Itália. Por outro lado, em Chapecó, a falta de aproveitamento (seja por opção técnica ou por lesões) pode ter salvado sua vida, pois ficou de fora da viagem à Colômbia que culminou na tragédia que vitimou mais de 70 pessoas. Em 2018, fez a maior sequência de jogos por um clube que não o Colorado: fez 21 partidas pelo Sport, sem conseguir evitar o rebaixamento dos pernambucanos à Série B.
A ida para São Januário representaria um recomeço para o lateral-direito. Porém, nem mesmo a troca de treinador fez com que o ex-colorado aparecesse no time titular.
— Com a chegada do Vanderlei Luxemburgo, a opção foi recuar o Yago Pikachu para a posição de origem dele. Então, na minha avaliação, é uma passagem aquém do que ele esperava, bem apagada por enquanto. Vamos ver se, daqui para a frente, vai ter mais oportunidades. Mas, por enquanto, não — conclui Marinho.