
Na última sexta-feira (1), um dos jogadores de futebol mais incríveis que eu pude ver anunciou o fim de sua carreira. O argentino Pablo Horácio Guiñazu comunicou oficialmente seu afastamento dos gramados.
"El Cholo", como é conhecido, não era daqueles jogadores que disputavam as listas de melhores ou dos que faziam os gols mais bonitos, mas era daquela turma que, mesmo sem uma técnica exuberante, conquistava o torcedor pela identificação, pela garra, pela luta, pelo respeito que tratava a camisa que vestia.
Quando jogou no Inter, ganhou quatro Gauchões, a Copa Dubai, Suruga, Sul-Americana, Libertadores e Recopa. Porém, mais do que títulos, conquistou a admiração e o respeito quase unânime de uma torcida difícil de agradar. Com a camisa vermelha — ou a branca — nunca vi Guiñazu atuar um jogo sequer "por obrigação", com aquela atuação burocrática, preguiçosa, de alguém que parece estar em campo contando os minutos pra voltar logo pra casa. Nunca.
Exemplo para a eternidade
Com o volante em campo, não havia acomodação. Sempre se acreditava. Seu espírito contagiava a arquibancada e os demais companheiros dentro das quatro linhas. As derrotas aconteciam, claro, mas nós, colorados, nunca tivemos dúvida de que ele estava dando tudo o que podia até o apito final.
E esse é o espírito que queremos sempre de qualquer jogador que vestir a camisa do Internacional. Um exemplo que fica para a eternidade.
Muchas gracias, Guiñazu!