por Luciano Périco e Raphael Gomes
Eduardo Sasha não é mais jogador do Inter. O atacante foi envolvido em uma troca com Zeca e, assim que acertou o vínculo em definitivo do Peixe, renovou contrato até 2022. O atleta concedeu entrevista ao Balanço Final relembrando a sua passagem por Porto Alegre, as provocações recentes dos gremistas e os objetivos da equipe de Jair Ventura no Campeonato Brasileiro 2018. Confira:
Como foi a negociação com o Santos e esta renovação de contrato até 2022?
— Eu vim por empréstimo de um ano. No pouco tempo que eu estive aqui, pude mostrar o meu futebol e o meu trabalho e acabei me valorizando novamente. Fiquei feliz que vou permanecer aqui por mais um tempo. Acho que esta troca de ambiente neste momento foi fundamental para eu voltar a jogar e mostrar o meu valor.
Para o atleta, às vezes a confiança é importante para ter resultado...
— Esta é a minha segunda saída. No Goiás, eu também tive um bom momento. Retornei em 2014 com o Abel, entrava uma vez ou outra e no início do segundo turno eu tive sequência. O time começou a vencer e eu me machuquei na semana que íamos enfrentar o Cruzeiro. Se vencêssemos, nós íamos encostar neles e brigar pelo título. Aquilo me deixou muito triste, era a sequência de jogos que eu queria e nós poderíamos brigar pelo título. Em 2015, eu voltei e fiz a pré-temporada. Vivi um momento bom na Libertadores, no Gauchão e novamente veio uma lesão. Todas as vezes em que eu ia engrenar bons jogos eu acabava me lesionando. Acho que isto me atrapalhou bastante nestes anos que fiquei no Inter.
E como foi a passagem no Goiás? Você apresentou um bom futebol lá.
— A gente entrou em um consenso de que eu era jovem e que era bom eu sair e ganhar experiência. Fui campeão da Série B e quase peguei uma Libertadores no ano seguinte. Isto me ajudou muito e foi muito importante para eu retornar bem ao Inter.
Fica algum tipo de mágoa de não ter tido uma sequência no Inter? Faltou alguma coisa nesta passagem?
— Não vou guardar mágoa em momento algum. Talvez um pouco de tristeza pelas lesões e outras circunstâncias que a gente não possa controlar. Eu cheguei com nove anos no Inter, em 2001. Eu torço e sempre vou torcer para o Inter. Se eu disser que torço para outro time, vou estar mentindo. Tomara que esta minha nova fase da carreira seja vitoriosa aqui no Santos.
Qual a perspectiva de futuro aí no Santos com Jair Ventura e um time renovado?
— A gente está bem confiante. Estamos disputando a Libertadores, o Brasileirão e a Copa do Brasil. Achamos que podemos conquistar algum destes títulos, o elenco é bastante jovem. O Jair, apesar de ser jovem, já fez um excelente trabalho no Botafogo. Ele tem muita qualidade para nos passar. Juntando estas duas coisas a gente tem tudo para fazer um grande ano.
Você comemorou um título gaúcho com uma provocação para o Grêmio e hoje os jogadores gremistas lembram de ti. Como você analisa isso?
— Muita gente fala que não tem que ter e não pode fazer. Isto sempre vai ter, ainda mais aí no Sul pela rivalidade Gre-Nal. Cada clube aproveitou o seu momento. Não foi a primeira e não vai ser a última brincadeira. Cada um tem que saber provocar e receber a provocação. Todo mundo tem o seu momento. Se for sadia a brincadeira, não tem porque parar. É por isto que a rivalidade é tão grande. Que as provocações continuem. Eu tenho certeza de que vai continuar.
Você tinha uma relação com os jogadores do Grêmio? Às vezes isto acontece de jogadores rivais confraternizando junto.
— Tenho amigos no Grêmio. Todo mundo sabe como é o futebol. Às vezes a gente já trabalhou com alguns jogadores que hoje são nossos rivais. Sempre tem esta amizade. A rivalidade fica só dentro de campo e a amizade fica para o resto da vida.