O relógio corre a favor do futebol. Só com o tempo é que se formam times e permite-se a um técnico elaborar um trabalho mínimo que permita uma avaliação mais criteriosa. Guto Ferreira é a prova disso. Colocou o Inter em um caminho mais seguro depois de 50 dias efervescentes no Beira-Rio. Ainda precisará de mais alguns meses para fazer desse Inter uma equipe mais robusta e confiável. O primeiro passo foi dado e, pelo nível técnico baixo da Série B, serviu para separá-lo dos demais nesse seu estágio passageiro por essa turma.
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A tendência, a partir de agora, é de evolução. Guto conseguirá repetir times, azeitar a mecânica de jogo e conhecer melhor os jogadores e saber até onde pode contar com eles. Os percalços do primeiro turno e o ambiente hostil criado pela própria torcida também fizeram parte da formação do time, ajudaram a deixá-lo mais cascudo e a valorizar as vitórias.
Guto sabe disso. E também sabe a importância da repetição na construção de uma equipe. Pela terceira vez seguida, mandará a campo a mesma formação. O que não acontecia desde a reta final de 2009, sob comando de Mário Sérgio, conforme o levantamento dos colegas Marcos Bertoncello e Rafael Diverio. É um grande passo. Mas é só o começo. Ainda levará tempo para o Inter, finalmente, virar um time de verdade.