O veneno que o Inter prova em jogos no Beira-Rio, aplicou contra o Ceará. Por isso, venceu e mostrou um futebol de um nível que poucas vezes alcançou nesta temporada. O time foi sólido na defesa, marcou de forma solidária e mostrou humildade para se fechar mesmo contra um adversário de tamanho menor.
Isso serviu de base para que, com a bola, saísse em velocidade e aproveitasse os espaços deixados pelos cearenses. Nesse momento, apareceu a qualidade superior dos jogadores e a distância entre o Inter e os demais 19 clubes da Série B.
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O grande avanço conseguido por Guto Ferreira, além é claro, da repetição de um time, é conscientizá-lo de que é preciso suar e sofrer primeiro, para depois jogar. Aos poucos, o técnico desconstrói o mito de que, por ser maior, mais rico e melhor preparado, o Inter vencerá ao natural. Não é assim.
Foi preciso que se passasse um terço da Série B para que os jogadores descobrissem isso. Falta a torcida e o restante do contexto colorados descobrirem isso. Tanto que, ao final da partida, D'Alessandro assumiu a palavra, valorizou a humildade do time e avisou a torcida de que será preciso aceitar, muitas vezes, ver seu time jogar como se fosse um pequeno. Fez bem.
Encarar a Série B conforme o manual dela é o primeiro passo para tornar menos pedregosa a travessia de volta à elite.
