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O caso mudou, mas os personagens permanecem quase os mesmos. A ação movida pelo Inter contra o Vitória e a CBF, que será julgada nesta terça, na Corte Arbitral do Esporte (CAS), em Lausanne, reunirá cinco juristas que estiveram envolvidos diretamente na polêmica audiência do uruguaio Luis Suárez, punido por morder o italiano Chiellini na Copa 2014. Alguns antigos aliados daquela época agora são adversários no Caso Victor Ramos.
A semelhança começa pelos julgadores. Dos três árbitros que apreciarão a ação colorada na terça, dois participaram do julgamento de Suárez: o italiano Luigi Fumagalli e o israelense Efraim Barak.
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Na audiência realizada em 14 de agosto de 2016, o CAS decidiu manter a punição da Fifa de suspender o uruguaio por nove partidas e quatro meses, mas decidiu liberar o atacante para voltar aos treinamentos, algo que havia sido proibido pela entidade máxima do futebol.
Além dos dois árbitros, três advogados que atuarão no Caso Victor Ramos participaram da defesa de Luis Suárez. Os advogados Daniel Cravo e o irlandês David Casserly trabalharam no caso como contratados pela Associação Uruguaia de Futebol.
Já o advogado espanhol Lucas Ferrer, contratado pela CBF para se defender da ação colorada, em 2016 esteve no mesmo lado de Cravo e Casserly. Na ocasião, ele foi contratado pelo próprio atacante do Barcelona para defendê-lo na audiência.
Ainda que em lados diferentes, os cinco juristas se encontrarão novamente, nesta terça, no CAS, durante a audiência do Caso Victor Ramos.
*RÁDIO GAÚCHA