Victor Cuesta não estranhará o Rio Grande do Sul.
O argentino que chega do Independiente traz consigo uma das principais marcas do gaúcho: o hábito do chimarrão. Por onde quer que ande, o zagueiro carrega bomba, cuia e uma térmica cheia de água quente.
– Não tenho muitos causos divertidos que tenhamos passado juntos naquele período (da Olimpíada). Mas recordo de uma coisa: ele passava tomando mate todo o dia – conta o técnico da seleção argentina sub-23 Julio Olarticoechea, que comandou a nova contratação colorada durante os Jogos do Rio em 2016.
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As histórias que o ex-meia campeão mundial de 1986 com a seleção argentina, ao lado de Maradona, prefere lembrar são outras. Principalmente sobre a liderança do zagueiro que escolheu para capitanear o time de guris que a AFA mandou à Cidade Maravilhosa, em uma bagunça de fazer inveja ao futebol brasileiro. Sem suas principais estrelas, os hermanos precisaram improvisar quase tudo. Por isso, a experiência de Cuesta poderia ajudar a beliscar uma medalha. Não funcionou. A má preparação cobrou a conta, e a Argentina caiu ainda na fase de grupos. Mas isso é uma história em que voltaremos mais tarde.
Antes, é preciso contar uma parte da história de Cuesta, de quando chegou ao Independiente – porque é bem semelhante ao que vive agora.
Como o Inter, o Independiente tem uma vasta história de conquistas internacionais. O lado vermelho de Avellaneda orgulha-se de ser o maior vencedor da Libertadores, por exemplo. Mas em 2013, levou um cruzado no queixo: uma sequência de más campanhas terminou em rebaixamento do Rojo. A reconstrução da equipe, após a passagem pela Segunda Divisão, passou por uma contratação pouco badalada.
Para reforçar a defesa, chegou do Arsenal de Sarandí um zagueiro de 1m87cm que já tinha rodado por Defensa y Justicia e Huracán. Não era bem o tipo de contratação que a torcida esperava. Porém, já nas primeiras rodadas, foi ganhando a confiança do técnico Jorge Almirón. Firmou-se como titular do lado esquerdo.
Perfil
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Rafael Diverio
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