Anderson Barros só esperava o telefonema com o "sim" definitivo de Argel no final da tarde desta quando atendeu à coluna em sua sala no Barradão, estádio e CT do Vitória. Sempre arredio às entrevistas, parecia aliviado com a ação rápida na buscar do sucessor de Vágner Mancini.
O momento do Vitória antes de pegar o Inter é turbulento, com jogador afastado e troca de técnico.
O Vitória sabe bem o momento pelo qual passa. Precisamos vencer e, se tiver que ser contra o Inter no Beira-Rio, melhor ainda.
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Por que decidiu-se pela demissão do Mancini?
O nosso conceito de trabalho sempre é da continuidade. O Vitória era, depois do Grêmio, o time que mais tempo estava com o mesmo técnico. O Mancini assumiu dias depois do Roger. Infelizmente, fomos obrigados a tomar essa decisão.
Como pode repercutir no grupo o afastamento do Victor Ramos, que pediu dispensa para tratar de problemas particulares em São Paulo e foi flagrado numa festa?
O grupo deve estar consciente das razões que nos levaram a isso. A falta ao treino nesta segunda-feira é mais importante do que qualquer coisa. Afetou o aspecto profissional. A presença dele numa festa é pessoal, mas também há uma questão profissional. Ele estava entregue ao departamento médico. Faltou o compromisso com o clube e o grupo.
Qual o cálculo que o Vitória faz para escapar da queda?
É difícil, isso varia. Mas hoje, com 44 pontos, não é garantido que escape. Talvez com 45, 46. O número mágico seria 47, o que nunca aconteceu.
Influencia a busca pelo Argel o fato de ele conhecer a fundo o Inter?
Não só em relação ao Inter. Houve discussão de alguns nomes, e o de Argel estava entre eles. Foi uma definição do departamento de futebol por um técnico para esse momento que o Vitória vive no Brasileirão.
Ele vai a Salvador ou espera a delegação em Porto Alegre na quarta-feira?
Estamos vendo ainda alguns detalhes como esse com o Argel.
O contrato com ele será longo, como o do Mancini?
Isso é um problema. Teremos um período eleitoral no clube no final do ano.
*ZHESPORTES