
Para sair da crise de dois meses e seis dias sem vitória, time completo. Com os retornos de Rodrigo Dourado e William da seleção olímpica, as voltas de Vitinho e Fernando Bob após cumprirem suspensão e as adaptações de Eduardo Henrique e Ceará, Celso Roth terá todos os atletas à disposição para enfrentar o Sport. Só uma vitória garante o Inter matematicamente fora do Z-4 sem depender de resultados paralelos.
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– Esse é o primeiro passo. O grupo é muito bom, um dos melhores do país, com jogadores experientes e jovens com qualidade – avalia o ex-meia Márcio Hahn, que fez estágio no Inter ainda comandado por Argel.
Com o grupo todo à mão, o técnico agora terá de definir algumas lacunas. A primeira é a lateral esquerda. Artur, Geferson e Raphinha não conseguiram se firmar – os três foram vaiados recentemente – e existe a possibilidade de Ceará ser improvisado no setor.
– Pensei nisso durante o jogo contra o São Paulo. Quando a TV mostrou que iria entrar o William, pensei que ia sair o Artur, que é bom jogador, tem qualidade, mas está sentindo a pressão. O Ceará entra naturalmente na lateral esquerda, está acostumado, tem experiência. E tem a arma do lateral, que ele arremessa lá na marca do pênalti – aponta o ex-lateral e meia do Inter Élder Granja, campeão da Libertadores e do Mundial em 2006.
O ex-zagueiro Mauro Galvão lembra que o lateral é sempre um dos mais visados pela torcida:
– Até pela proximidade. O torcedor vê no lateral um problema sempre. Mas é estranho que um clube do tamanho do Inter precise improvisar um jogador na posição. Depois de oito meses sem definir um lateral-esquerdo é curioso e difícil de explicar.
Caso opte por Ceará do lado esquerdo, Roth poderia escalar o setor defensivo com Danilo Fernandes, William, Paulão, Ernando e Ceará. O retorno de Rodrigo Dourado deve lhe devolver a condição de titular como volante. A seu lado, Fabinho, Fernando Bob e Eduardo Henrique disputam pelo menos uma vaga. Mais à frente, Seijas, Sasha, Valdívia, Nico López, Vitinho e Ariel também buscam lugar no time.
– É um quebra-cabeças e agravado por uma situação: alguns deles foram indicações de técnicos que já não estão mais. Então pode atrapalhar a adaptação – lembra Galvão.
Na visão de Roberto Melo, ex-diretor de futebol do Inter, o momento é de simplificar. Para ele, a semana de trabalho vai definir quem joga:
– Os próprios atletas sabem quem está bem e quem não está. Não adianta querer inventar. O time melhorou o desempenho, só falta vir o resultado. O problema é que o resultado tem que vir logo.
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