
A entrevista coletiva no Inter, nesta quinta-feira, teve como protagonista Paulo Marcos de Jesus Ribeiro. Que, no clube, atende pelo apelido de Paulão. Insatisfeito com os protestos e atos de torcedores decorrentes da má fase do time, o zagueiro fez um longo e forte desabafo contra a atitude de um pequeno grupo de colorados.
– Essa manifestação vai ser favorável a partir do momento que vier em paz. Não arranhando o carro, como arranharam o meu, como arranharam outros carros. Acho que isso aí não vai trazer nada e, outra coisa, ninguém tem medo de ninguém. Aqui tem profissional, aqui tem homem, aqui tem pai de família, tem filho, namorado, esposo, aqui tem várias coisas, como lá também tem, mas ninguém tem medo de ninguém. Se chegar aqui com educação para falar, a gente vai ouvir, até porque a gente também quer sair dessa situação. A gente não está de bobeira, para brincar. Ninguém está aqui para isso. A responsabilidade é grande, sim. A gente sabe que trabalha para milhões de pessoas, a gente sabe o potencial e a quantidade de pessoas que a gente tem de deixar feliz no fim de semana. Só que não é assim, não é com violência, arranhando o carro, chegar aqui e querer bater em outro, até porque isso não vai levar a nada. Vai levar um a revidar e, se tiver revide, aí jogador é vagabundo, fez isso e aquilo. Mas eles (torcedores) podem ofender a gente do jeito que quiser. Não estou falando do torcedor do Internacional, já que isso eu não acho que seja torcedor, como também, se tivesse jogador esmorecendo, também não seria jogador, e aqui não está acontecendo isso. Então, na minha visão, como Paulo Marcos de Jesus Ribeiro, eu falo que não é torcedor do Internacional quem vem fazer isso – falou.
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Um dos líderes do time, Paulão também comentou o sentimento dos atletas diante dessa situação.
– O reflexo disso a gente vê no fim do jogo: todo mundo reprimido para sair do jogo, todo mundo na preocupação se vai daqui a pouco tomar uma pedrada no carro. Mas, para dentro de campo, a gente não leva isso. Porque não são torcedores, são pessoas que estão ali para aparecer – repetiu.
Segundo o defensor, os protestos raivosos são incapazes de fazer o time evoluir ou mudar de atitude em campo.
– Não vai ser um fogo, xingamento, cusparada, arranhão no carro, que vai nos diminuir ou deixar com mais vontade de jogar. Até porque isso aí são coisas materiais. A vontade de jogador é interna, é nossa.
Sobre futebol, Paulão falou sobre o primeiro dia de Nico López treinando no Beira-Rio. Notou o uruguaio ainda retraído, mas com bom nível técnico.
– O primeiro contato é tímido, está de fora, chegando, é como se fosse eu saindo do Inter, primeiro dia ficaria meio tímido. Principalmente quando está tendo o primeiro contato com a equipe. Mas mostra ser um jogador de muita qualidade, perna esquerda, acaba finalizando muito bem
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