Com experiência no Grêmio, Criciúma, Sport e Bahia, o gaúcho Cícero Souza, 42 anos, é gerente de futebol do Palmeiras desde dezembro de 2014. Ele fala como é trabalhar ao lado de Cuca, o primeiro adversário de Falcão, no domingo, às 16h, no Beira-Rio. Leia um resumo da nosso papo.
No Palmeiras desde março passado, como você classifica o trabalho do treinador Cuca?
É um grande técnico, diferenciado mesmo e muito intenso no dia a dia com os atletas, a comissão técnica e os dirigentes. Se entrega 100% ao trabalho e ao clube. Cobra muito de todos que atuam ao seu lado e, ao mesmo tempo, não teme ser cobrado. Não permite que ninguém entre numa zona de conforto. É um profissional que amadureceu muito nos últimos anos, aliás, como todos nós.
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O que diferencia Cuca dos outros treinadores brasileiros com quem você já trabalhou em 10 anos de carreira?
Trabalhei com muitos treinadores competentes, cada um no seu estilo. Cuca conhece os atalhos do trabalho de campo. Sabe como poucos observar os jogadores que vai enfrentar e a movimentação das equipes adversárias. Analisa as fraquezas e as virtudes nos mínimos detalhes. Estuda. Uma das suas estratégias, uma das melhores, é treinar da mesma maneira como vai jogar dias depois. Usa os treinos para preparar e organizar seus times. É também um grande agregador de grupo.
O que significa a estreia de Falcão no Inter justamente contra o Palmeiras?
Enfrentar o Inter no Beira-Rio já é um desafio por si só. Imagina com Paulo Roberto Falcão no comando e na sua estreia? A torcida o apoia, e uma torcida leva o time junto. Falcão é um figura representativa do clube. Como o Palmeiras é primeiro na tabela, todos querem bater o líder.
Quantos pontos são necessários para fazer o Palmeiras campeão?
Nas nossas contas, 70 pontos. Não só para o Palmeiras que é só o atual líder, não o favorito, mas para todas as equipes.
É diferente trabalhar em São Paulo e Porto Alegre?
Muitos acham que nós somos meros contratadores de atletas. Mas nossa função é muito mais ampla e é coletiva. Precisamos criar os processos internos, dos profissionais à base, passando pela comissão técnica, departamento de fisiologia e jurídico, entre outras. Devemos aproximar os conceitos de futebol moderno do clube. Mas trabalhar em São Paulo é diferente. O futebol local oferece mais recursos financeiros, está no centro do Brasil e mais perto das decisões.
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