É de Anselmo a responsabilidade de substituir Rodrigo Dourado, um dos colorados que tentará buscar o ouro olímpico no Rio. O volante que veio do Joinville cercado de expectativa pelos desempenhos elogiados no Brasileirão de 2015 e no Catarinense de 2016 não conseguiu repetir no Inter as atuações que levaram a direção a buscá-lo. Até agora, ficou em campo por 173 minutos e o número que mais chamou a atenção foi o de cartões amarelos: três.
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As três advertências foram consequências de seis faltas cometidas nos cinco jogos em que entrou em campo. E há exemplos de como as infrações comprometeram sua participação. Contra São Paulo e Vitória, levou cartão amarelo ainda no primeiro tempo. Pendurado, foi substituído – primeiro por Nilton, depois por Jair. Diante do Sport, a alteração não foi para evitar uma expulsão. Naquele dia, contra uma equipe fechada, Argel tirou o volante para incluir em campo um jogador mais ofensivo, Gustavo Ferrareis.
Esta amostragem incial irregular, porém, não é inédita. O técnico Hemerson Maria, que trabalhou com Anselmo no Joinville entre 2014 e 2016, lembra dos primeiros dias do volante no clube catarinense:
– Ele teve dificuldades físicas. Teve uma passagem na Europa (jogou nos italianos Palermo e Genoa) e no São Caetano, chegou sem ritmo de jogo. Mas depois de adquirir a melhor condição, foi um pilar do nosso time.
Mesmo com o começo criticado, Hemerson Maria mantém a esperança de ver o volante desenvolver melhor a qualidade que o levou a ser eleito o segundo melhor jogador do Catarinense. E essa esperança está depositada no estilo de jogo que Paulo Roberto Falcão tentará impor ao Inter. Escalar Anselmo como primeiro volante em um 4-1-4-1 ou como um dos meias por dentro no 4-4-2, com uma marcação por zona e não individual, pode se adaptar melhor as características.
– Pode ser importante ter um jogador que fique mais fixo à frente da área. Se ele está no Inter é porque tem muita qualidade – analisou o zagueiro Paulão na entrevista coletiva de ontem.
Para o zagueiro, a entrada do volante pode mudar o jeito do Inter de encarar as partidas, dando um pouco mais de segurança defensiva.
– Mas quero reforçar que Anselmo é mais do que um volante. É um meia moderno, que marca bem e aparece na frente. Talvez precise de oportunidades – repete Hemerson Maria.
A primeira delas é contra a Ponte Preta, domingo, 11h. A segunda chance de Anselmo, agora sob novo comando. Justamente, o mais importante volante da história do Inter.
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