Faltam estrear dois reforços contratados e apresentados pelo Inter em 2016. Quando Seijas e Leandro Almeida estiverem em campo, serão oito as novidades do time com relação ao ano passado. E ainda há Ariel e Brenner, já acertados, mas que ainda não tiveram contratação confirmada pela direção. O venezuelano é o mais badalado. Por ele, o clube pagou cerca de R$ 1 milhão por 50% dos direitos econômicos. Só estreará depois da Copa América, que disputa pela seleção de seu país.
Dos que já vestiram a camisa, o mais destacado é Danilo Fernandes. A missão de substituir Alisson, titular da Seleção, foi absorvida pelo ex-goleiro do Sport e sua presença tem ajudado o time a ter a defesa menos vazada do Brasileirão após seis rodadas. No meio-campo, a dupla Fernando Bob e Fabinho consolidou-se entre os titulares.
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– É necessário reavaliar Fernando Bob, para ver se não há um erro de avaliação na sequência do Dourado em sua posição de origem. Mas Danilo é já uma certeza, um goleiro diferenciado – analisa o comentarista da Rádio Gaúcha Cléber Grabauska.
É no meio que está um jogador contratado com boa credencial, Anselmo, mas que ainda precisa ser mais avaliado antes de uma conclusão. Na frente, porém, a amostragem de Marquinhos, que virou quarta ou até quinta opção de Argel. Paulo Cezar perdeu espaço com William e ficou atrás até de um Fabinho improvisado.
– Ainda espero mais do Marquinhos, apesar de ter perdido a chance no Gauchão. Sobre Paulo Cezar, era já esperado este resultado e, aparentemente, Anselmo está indo pelo mesmo caminho. O modelo a ser seguido é o de Fabinho – diz Grabauska.
Para o comentarista, o nível de reforços escancara uma nova política de contratações do Inter, que passa por um ano de transição financeira.
Aprovou
Fernando Bob (volante) – É titular desde o início do ano e ganhou a responsabilidade de iniciar todas as jogadas de ataque do Inter a partir da defesa.
Fabinho (volante) – Indicação de Argel, chegou com desconfiança após sua passagem sem protagonismo pelo Figueirense. Com a lesão de Rodrigo Dourado, ganhou confiança a ponto de ser considerado titular. A versatilidade de jogar na lateral também se mostrou importante.
Danilo Fernandes (goleiro) – A missão era complicada: substituir o goleiro da Seleção, capitão do Inter e ídolo da torcida. Pois Danilo cumpriu tão bem o que se esperava dele que colorados já brincam: "quem é Alisson?". Desde que chegou, virou titular e deu segurança à defesa.
Em análise
Anselmo (volante) – Veio credenciado pelo segundo lugar na eleição dos melhores do Campeonato Catarinense, em que foi vice-campeão com o Joinville. Tido como forte na marcação e preciso nos passes, nos primeiros jogos deixou uma impressão de ser excessivamente faltoso, sem tanta qualidade com a bola. Mas a amostragem ainda é pequena.
Reprovou
Marquinhos (meia-atacante) – A expectativa de vir para dar experiência e velocidade ao ataque do Inter foi frustrada. Depois de um Gauchão discreto, Marquinhos acabou arquivado por Argel e não figurou mais. Perdeu espaço para os jovens valores da base e está só treinando.
Paulo Cezar (lateral) – Foi contratado sem alarde e, até agora, não deu uma resposta mais positiva. Deveria dar força ofensiva e defensiva na lateral-direita, e teve até seu cabeceio elogiado, mas nas vezes em que atuou, produziu pouco. A ponto de ser substituído até pelo improvisado Fabinho em jogos do Gauchão.
Nem estreou
Seijas (meia) – Contratação mais badalada do Inter, o venezuelano tem estreia ansiosamente aguardada para depois da abertura da janela de transferências (20 de junho) ou da eliminação de sua seleção na Copa América – o que vier primeiro. O meia canhoto vem com fama de líder, bom de bola parada, habilidoso e cumpridor de funções táticas.
Leandro Almeida (zagueiro) – Estava encostado no Palmeiras após um começo de ano decepcionante – sua atuação contra o São Bento, pelo Paulistão, foi decisiva até para ser cortado da lista da Libertadores. Aos 29 anos, tenta reencontrar, no Beira-Rio, o futebol apresentado em Atlético-MG e Coritiba.