O Inter surpredendeu nesta quarta-feira com uma mexida no seu quadro de zagueiros. Saiu Réver, emprestado ao Flamengo, veio Leandro Almeida, emprestado pelo Palmeiras. Tecnicamente, a mudança é mínima. São jogadores que se equivalem. E o histórico recente deles é exatamente igual: as torcidas dos times pelos quais jogaram não quer vê-los por perto.
Leandro Almeida, 29 anos, surgiu bem no Atlético-MG, rodou pela Ucrânia e voltou ao Brasil pelo Coritiba. Lá se destacou e virou jogador da confiança do técnico Marcelo Oliveira. Tanto que ele o pediu no Palmeiras em 2015. Mas nunca se firmou e perdeu espaço para Jackson, ele mesmo, o zagueiro que o Inter vendeu ao Bahia há cerca de um mês.
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Neste ano, nem mesmo Marcelo Oliveira bancou Leandro Almeida. Lançou-o como titular e, depois de falha em jogo contra o São Bento, condenou-o à reserva já na entrevista coletiva ao final do jogo. Isso foi no dia 4 de fevereiro. Desde lá, ele vivia no ostracismo no Palmeiras, com contrato até 2019 e salário de R$ 180 mil. "É um zagueiro como os outros que o Inter tem aí", resume o jornalista Alexandre Praetzel, gaúcho radicado há nove anos em São Paulo.
Como se vê, a trajetória de Leandro Almeida é mesmo muito semelhante à de Réver, um zagueiro experiente, com salário elevado e contrato até metade de 2017. Mesmo que o novo zagueiro venha de uma passagem péssima pelo Palmeiras, será difícil que apresente menos do que Réver no Beira-Rio. Mas essa troca de zagueiros está com cara de mudar seis por meia dúzia. O que ainda não compreendi foram as saídas de Jackson e Eduardo. Esses, por serem do clube, talvez acrescentassem algo diferente.