Contra o São Paulo, Argel montou um Inter mais cauteloso no último domingo. A presença de três volantes, formando um tripé à frente da defesa, deixou o time em um esquema variando entre o 4-3-3 e o 4-3-2-1, uma vez que Andrigo e Sasha podem ser considerados integrantes do meio-campo. A formação apresentada anulou as principais jogadas ofensivas do São Paulo e ainda deu algum fôlego para contra-ataques que culminaram com a vitória por 2 a 1 no Morumbi. Em resumo, funcionou.
Leia mais:
Reforço Seijas desembarca nesta terça-feira em Porto Alegre
Prestes a retornar ao Inter, Bruno Gomes celebra: "Voltei a criar e a sair da área"
Pachuca vai à final no México e adia apresentação de reforço do Inter
Mas e agora, contra o Sport? A equipe pernambucana tem apenas um ponto no campeonato e deve vir mais retrancada na quinta-feira, 16h, para encarar o Inter no Beira-Rio. Sendo assim, Argel deve repetir o time que venceu o São Paulo? Ou o caminho é abrir um pouco mais o meio, forçando as ações ofensivas?
Com a palavra, os colunistas da RBS.
Maurício Saraiva
Comentarista da RBS TV
Estou entre os que acredita que o esquema de domingo funcionou bem, especificamente, no domingo. Isso porque o São Paulo é um time que foi para cima, jogando em casa, entusiasmado pela classificação na Libertadores. Contra o Sport, a partida é diferente, um time que deve atacar pouco aqui no Beira-Rio. Talvez, o ideal seja usar um homem de meio para frente. Não necessariamente o Aylon, que é um jogador de mais posicionamento. Penso em Gustavo Ferrareis, jogador de criatividade, chegada na área, autor de gol na final do Gauchão. Poderia ser a chance para esse menino, que tem se destacado. Mas sei que posso ser voto vencido: afinal, depois de ter vencido o São Paulo fora, quem vai dizer que Argel está errado se repetir.
Wianey Carlet
Colunista de ZH
Especula-se que Argel Fucks poderá repetir a mesma escalação utilizada no Morumbi na quinta-feira. Como o adversário é o Sport, menor que o São Paulo, talvez o treinador colorado pudesse substituir um volante por um meia-atacante. Porém, não seria garantido que o time teria mais força ofensiva. Já aconteceu contra a Chapecoense na primeira rodada, lembram? E como o adversário seguinte, no outro domingo, será o Santos, na Vila Belmiro, é possível que o jogo de quinta pudesse ser preparatório para o enroscado confronto do final de semana. Seria correr um risco desnecessário.
Leonardo Oliveira
Colunista de ZH
Em Porto Alegre, com o Beira-Rio a favor e a torcida nas cadeiras novas do Beira-Rio, jogar com três volantes me parece demasia. Até mesmo fora de casa me arrisco a dizer que não combina com o tamanho do Inter jogar para se defender e especular quando possível. Digo isso depois do grande resultado trazido do Morumbi – e nele estão os méritos de Argel. Mas incomoda ver o time acossado e se defendendo o tempo inteiro. Acredito que seja possível ser mais ousado mesmo com os recursos atuais oferecido pela direção. Na quinta-feira, Argel tem a chance de mostrar que também a receita de fazer gols. O adversário será o Sport, de derrota para o Flamengo e empate com o Botafogo neste Brasileirão. Um prato cheio para isso.
Diogo Olivier
Colunista de ZH
No Beira-Rio, contra um adversário de porte médio cheio de problemas como o Sport, o Inter tem obrigação de propor o jogo. Com três volantes de posição e de função, como no Morumbi, não há como fazer isso. É muita gente atrás da linha da bola esperando um ataque que não virá. Será preciso arriscar, trocando passes no campo inimigo e adiantando linhas. Não vejo problemas. Sem os três volantes e com um quarteto móvel na frente, o Inter vinha sem levar gol há sete partidas. Argel terá de ajustar a dinâmica do meio para frente, com os devidos cuidados para evitar contra-ataques. Não há outra saída. Do contrário, é a mediocridade.
Acompanhe o Inter no Colorado ZH. Baixe o aplicativo:
*ZHEsportes