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A dura resposta da torcida vermelha depois do 0 a 0 no Beira-Rio de 34°C foi a vaia. O fã sempre tem razão. Não sobrou ninguém. Os gritos atingiram Argel e todos os atletas. Ninguém recordou das últimas quatro vitórias da mesma equipe e com os mesmos jogadores, todas por goleadas.
Quando seu time é burocrático, mecânico e comum, o protesto é correto. Faltou qualidade e inventividade ao Inter, que não fez gol no São José na primeira partida da semifinal do Gauchão. O segundo jogo será disputado no próximo sábado no pavoroso campo sintético do Passo D’Areia. Qualquer empate com gol, a vantagem é do visitante. Novo 0 a 0 leva aos pênaltis.
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Nem um pênalti aos 36 minutos do segundo tempo, duvidoso, que merece a discussão de um árbitro Fifa, ajudou. Sasha errou. Chutou quase no meio da goleira, sem muita força ou inspiração. Fábio defendeu com o pé esquerdo, quando se jogava para o lado direito.
Impossível falar do confuso Inter sem elogiar o organizado São José, do treinador revelação China Balbino. O Zequinha entrou em campo com um plano definido de jogo. Defender com nove. Atacar com dois. Chamar o contra-ataque. Só não marcou porque ninguém conseguiu acertar o passe final, o drible, o chute na frente de Alisson. Na marcação, sempre foi superior, nunca envolvido.
O Inter abusou dos cruzamentos na partida, sua principal jogada ofensiva. Cruzou 40 vezes, 31 com bola rolando, toas sem sucesso, algumas sem sentido. Não encontrou uma segunda alternativa. O repertório ofensivo de Argel se encerra nas jogadas laterais. O repertório é curto e carente. A torcida reclamou mais uma vez.
Anderson não organizou nada. Foi uma decepção mais uma vez. Andrigo atolou na boa marcação. Alex, quando entrou, não rendeu o esperado, como tem acontecido nos últimos tempos. Os atacantes jamais ousaram. Usar um volante na lateral, como Fabinho, não parece uma boa solução ofensiva.
O 0 a 0 mostrou a produção do Inter. O time jogou mal, o resultado foi ruim, o sábado não foi legal.