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O Estádio Passo D'Areia, na zona norte de Porto Alegre, é dono do primeiro gramado sintético oficial do país e um dos pioneiros da América do Sul. A obra é de 2011.
A ideia nasceu um ano antes, quando o presidente da FGF, Francisco Novelletto, que atuava na gestão do São José, visitou o Chivas, do México, adversário do Inter, na Libertadores. Conheceu o gramado do estádio do clube mexicano e decidiu trocar a cobertura natural da casa do Zequinha, que tinha manutenção alta e crescia numa área muito úmida.
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A opção pela cobertura artificial foi uma questão de sobrevivência para São José – que completará 103 anos anos no mês que vem. No próximo sábado, às 18h30min, recebe o Inter pelas semifinais do Gauchão. A obra custou R$ 400 mil. Seria R$ 800 mil, mas a empresa que produz a grama artificial ofereceu um belo desconto por ser o primeiro grande negócio no Brasil.
Sem espaço e sem dinheiro para erguer um centro de treinamento, o Zequinha economizou ao abrigar profissionais e categorias de base num mesmo espaço. O clube tem a terceira mais numerosa escola de formação de atletas do Rio Grande do Sul, atrás da dupla Gre-Nal. Os treinos começam de manhã cedo e se estendem até a noite.
No clube ninguém pensa em trocar o piso, apesar das críticas dos adversários que pisam na grama alienígena. Parte do dinheiro que sustenta o São José chega de eventos organizados no estádio.