Vencer é bom, de goleada é ainda melhor, seja qual for a competição ou o adversário. Já eram três empates pelo Gauchão e um pela Primeira Liga até a vitória sobre o Novo Hamburgo, neste sábado, no Beira-Rio. O Inter, imaginem só, conseguiu até fazer gol de pênalti! – que tanta falta fez na decisão contra o Fluminense pela Liga.
Mas o Colorado esteve longe de fazer um grande jogo, e esse é perigo de ganhar de goleada repetindo erros frequentes: direção, técnico e jogadores podem se sentir tentados a bater no peito e bradar "Viram? Está tudo bem!". Porque não está tudo bem. Faltam jogadas trabalhadas, segurança defensiva, qualidade técnica em geral.
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O Inter não pode se habituar à mediocridade, e a equipe colorada vem repetindo desempenhos medíocres desde 2010. Não são ruins o suficiente para sacudir o Beira-Rio e levar a mudanças radicais, mas também não são bons o suficiente para valer uma taça nacional ou internacional. De vez em quando, vencemos uma partida importante, batemos de goleada um adversário fraco, e a mediocridade ganha uma sobrevida.
Se quiser golear times de ponta, o Inter precisa de jogadores de mais qualidade em campo (como erram lances básicos os atletas colorados…) e de um técnico com ideias mais modernas sobre futebol. Levamos dois gols de uma equipe modesta – sendo um em cobrança de falta bastante defensável –, em muitos momentos jogamos de igual para igual contra um elenco muito menos valorizado. E tem sido assim há tempo demais.
Que nenhum dirigente, técnico ou jogador venha bater no peito depois da vitória contra o Novo Hamburgo. Para deixar a mediocridade para trás e voltar a ganhar taças, é preciso muito mais.
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