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Não sei quem sofreu mais. O jogador ou o telespectador. O torcedor da arquibancada ou o fã da poltrona. Foi duro, muito duro, assistir ao jogo entre São José e Inter no gramado sintético do simpático Estádio do Passo D'Areia, na zona norte da Capital.
O terreno alienígena fez de tudo para atrapalhar a decisão da Recopa do Gauchão, uma boa ideia da Federação Gaúcha de Futebol (FGF). Ajudou a bola a correr demais, evitou os dribles, atrapalhou os passes, forçou os balões sem fim. Contribuiu para que a decisão perdesse qualidade.
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Na ausência forçada do bom futebol, chamou até os pênaltis – antes 32 faltas em 90 minutos. O Inter venceu, depois que três jogadores do São José tremeram na frente do goleiro da Seleção Brasileira.
D'Alessandro merecia um final mais incensado no seu discreto jogo final. Acertou o travessão num belo chute de pé direito, mas errou muitos passes com o pé esquerdo. Reclamou com todos como sempre. Liderou.
A torcida nem se importou com a atuação discreta do seu agora ex-capitão, nova contratação do River Plate. Gritou o nome do argentino antes e depois de sua substituição às 23h22min. D'Alessandro saiu como ídolo. Viverá como jogador histórico em Porto Alegre, em Buenos Aires ou em qualquer outro endereço.
Fica difícil avaliar a atuação de uma equipe no gramado sintético e projetar o futuro imediato. A bola, normalmente solução, torna-se um problema. Corre demais. Quer fugir do ambiente inóspito. Os jogadores puxam o freio de mão. Temem prender o pé no tapete artificial.
Os problemas colorados, porém, se repetiram. Sasha foi mal outra vez, Vitinho sente saudade de Valvídia, Anderson não é meia nem volante, os laterais falham nas jogadas ofensivas. As virtudes também são as mesmas. Fernando Bob é uma certeza ao lado de Rodrigo Dourado e Réver se recupera aos poucos.
O Inter de Argel Fucks precisa trabalhar mais, jogar mais, encontrar um gramado de verdade. Só então será possível dizer algo mais sobre o time de 2016.