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Estão enganados os que apontam 2005, ano do pênalti não marcado em Tinga e dos jogos remarcados pelas denúncias de fraude nas arbitragens, como o do marco inicial da rivalidade entre Inter e Corinthians. Essa vem de antes, muito antes.
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A épica invasão da torcida corintiana ao Maracanã, impedindo a máquina tricolor do Fluminense de ir à final de 1976, fazia supor que o destino entregara ali mesmo a taça aos paulistas. Mas entre o destino, o Corinthians e o título havia o Inter, que cavara sua vaga na decisão naquele 2 a 1 de virada sobre o Atlético-MG.
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Foi o jogo do gol de Falcão na tabelinha de cabeça com Escurinho, já no crepúsculo dos acréscimos, o mais bonito da história do Beira-Rio. Na final de 1976, deu Inter, de Minelli: 2 a 0 no Corinthians, de David Ferreira, o Duque. Um gol de Dario, que subiu de elevador até o segundo andar para cabecear, enquanto Moisés parou no primeiro e o Tobias ficou no térreo. De falta, Valdomiro cravou o bi do Inter, já campeão em 1975 sobre o Cruzeiro, com o Gol Iluminado, de Figueroa.
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Aquele conturbado Brasileirão de 2005, portanto, conquistado pelo Corinthians, foi o troco - conforme a ótica paulista. O capítulo seguinte veio na Copa do Brasil de 2009. Tite treinava o Inter, mas foram Mano Menezes e Ronaldo que festejaram, e no mesmo Beira-Rio de 1976. Fernando Carvalho sofre até hoje por ter elaborado o DVD com lances nos quais, segundo ele, o Corinthians teria sido beneficiado pelo apito.
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Hoje será escrito novo trecho dessa rixa de quatro décadas, que nasceu muito antes das trocas de tuítes provocativos. A noite não tem tanta grife. Nada se compara a uma decisão. De qualquer maneira, se ganhar do líder, além de se aproximar do G-4, o Inter incendiará o Brasileirão - caso Grêmio e Atlético-MG façam sua parte também. Se perder, o título corintiano vira contagem regressiva. Que graça haveria no futebol não fossem essas rivalidades de uma vida?
*ZHESPORTES
