A goleada sofrida por 5 a 0 no Gre-Nal 407 deixou algumas lições para o Inter no restante do Brasileirão. Confira abaixo quais são elas:
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1) Não se demite treinador em véspera de Gre-Nal. É regra, é lei. A direção queria criar um "fato novo", clássico no futebol brasileiro, não acreditava mais em Diego Aguirre e imaginou que poderia motivar os jogadores outra vez em três dias, com um interino no comando. Não conseguiu. Ninguém consegue. Não existem milagres no futebol, cada vez mais profissional e organizado.
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2) O Inter perdeu Nilmar, Aránguiz e DAlessandro, três jogadores importantes, referências. Não tinha substitutos. O torcedor acompanhou um time pobre, sem opções ofensivas, contido na criação e frágil na defesa. A falta de reação (indignação) da equipe irritou os torcedores. Facilitou os 5 a 0.
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3) O Inter começou a perder o Gre-Nal na véspera, quando a direção desestruturou o grupo. Os jogadores lamentaram a saída de Aguirre. Sentiram a perda, ainda mais depois da eliminação da Libertadores. Apesar do esforço, o interino Odair Hellmann nada conseguiu fazer em três treinos. Ele é o menos culpado de tudo.
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4) No oitavo mês de 2015, na 17ª rodada do Brasileirão, o Inter está fora da disputa do título da competição. O G-4 está distante. Só Copa do Brasil salva o ano. Mais uma vez um clube brasileiro não consegue disputar duas competições importantes com a mesma intensidade. A direção colorada é mais uma que não consegue conscientizar os atletas, mesmo os milionários.
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5) Goleada em Gre-Nal deixa cicatrizes no clube perdedor, nos jogadores e na direção. Há espaço para mudanças profundas no grupo e na direção do Inter. Tudo começa com a contratação de um treinador, nome qualificado, capaz de enfrentar o experiente grupo colorado. O projeto 2016 precisa começar em agosto de 2015, com a imediata redução da folha de pagamento. Não existe outra saída.
Em imagens, como foi a partida na Arena:
Opinião
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Luiz Zini Pires
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